
Miúdos foram ao Estádio da Luz, mas estavam a mais de 300 quilómetros, em Paredes
José Carmo / Global Imagens
Fundação Benfica e a NOS encurtaram distância de mais de 300 quilómetros e crianças viram o jogo como se estivessem no estádio
"Golo! Benfica!". Num grito de entusiasmo, Gonçalo Moreira festejou os golos do Benfica, no jogo de domingo, frente ao Marítimo, na Casa do Benfica em Paredes. Apesar da distância, viu o jogo como se estivesse no Estádio da Luz, graças a uns óculos de realidade virtual.
Gonçalo Moreira tem 10 anos e é de Penafiel. Foi uma das sete crianças da Fundação Benfica e das Escolas de Futebol de Paredes que viveu uma experiência nova, promovida pela Fundação Benfica e pela NOS, que permitiu que pudessem assistir ao encontro, a 300 quilómetros de distância, através de óculos de realidade virtual e com recurso à tecnologia 5G, como se estivessem no estádio, sentados na bancada. Benfiquista do coração, este pequeno jogador de futebol num clube de uma freguesia penafidelense vibrou com a experiência. "Adorei. Nunca fui ao Estádio da Luz e parecia que estava mesmo no campo do Benfica, parecia que estava a flutuar", disse Gonçalo, que esteve sentado ao lado de Simão Sabrosa e da mascote do Benfica.
A euforia dos miúdos era generalizada, até pela vitória do seu clube por 7-1. João Pedro tem 10 anos e é também de Penafiel. Benfiquista e também ele jogador de futebol, disse ao JN que viveu "uma experiência incrível". "Nunca fui a nenhum estádio e foi como se estivesse lá. Correu fantasticamente. Adorei que me tivessem dado esta oportunidade de ter ido ao estádio da Luz sem lá estar. Vou muito satisfeito embora".
E porque o futebol não é só para meninos, entre o grupo esteve também Glória Feliciano, de 10 anos, de Paranhos, no Porto. Berrou os golos, festejou a vitória do seu clube e vibrou com a oportunidade de ver o Benfica a jogar e sentir o ambiente do estádio, através da realidade virtual. "Nunca fui ao Estádio da Luz e foi uma experiência muito incrível. Nunca tinha estado com aqueles óculos de 3D nem nunca estive no estádio, por isso foi uma experiência dupla, um grande entusiamo", disse.
A iniciativa da Fundação Benfica e a NOS levou sete crianças desfavorecidas, adeptas do Benfica, até à Casa do Benfica de Paredes, para participar neste "projeto pioneiro", que pretende "ilustrar o potencial da tecnologia", afirmou ao JN Daniel Beato, administrador da NOS.
Para que tal fosse possível, foi colocada uma câmara Panasonic BGH-1 no Lugar 5, da fila G do Estádio, que transmitiu o jogo em direto para os Oculus Quest 2 usados pelas crianças e outros adeptos que se encontravam na Casa do Benfica de Paredes. As velocidades ultra rápidas do 5G da NOS, bem como a sua baixa latência, garantiram uma experiência imersiva e muito próxima da realidade.
"A mais de 300 quilómetros de distância do Estádio da Luz puderam sentir a emoção de estar num estádio e do jogo", explicou, acrescentando que esta tecnologia, uma rede que já está em funcionamento, presente em todos os telemóveis, "permite um conjunto de experiências completamente diferentes, amplificando as relações humanas".
Segundo o administrador, "o papel da NOS é levar os benefícios da quinta geração de rede móvel a todos os portugueses. Com esta iniciativa mostramos o impacto positivo que o 5G pode ter na vida de todos nós, enquanto potenciador de experiências únicas, que ficarão para sempre na memória de quem as vive. É para isso que trabalhamos todos os dias".
Quanto ao evento de Paredes, considerou que "foi um sucesso". "Se pudermos medir o sucesso pelo impacto que teve nas crianças, podemos dizer que foi um sucesso", concluiu.
