Cristiano Ronaldo: "É normal querer chegar aos 1000 golos, mas não penso nisso"
O capitão da seleção, Cristiano Ronaldo, mostrou-se “muito feliz” pelos dois golos marcados à Polónia, mas vai ter de rever o pontapé de bicicleta para saber se foi o mais bonito que marcou pelas quinas. “Não sei se me vou retirar daqui a um ou dois anos. Enquanto desfrutar...”, revelou.
Corpo do artigo
Cristiano Ronaldo foi, como quase sempre, a grande figura do duelo no Estádio do Dragão e não escondeu que a primeira parte ficou abaixo das expectativas, fazendo, até, um “mea culpa”.
“Na primeira parte faltou a velocidade e agressividade que tivemos na segunda e ainda houve um pormenor importante: tínhamos de deixar de falar com o árbitro, eu principalmente, de nos preocuparmos com ele. Na segunda parte nem lhe passámos cartão”, afirmou CR7, considerando que os segundos 45 minutos foram “espetaculares”.
“Queríamos garantir o primeiro lugar. Agora, é esperar para ver o que acontece em março [quartos de final] com a certeza que queremos voltar a ganhar a Liga das Nações”, acrescentou o avançado, na zona mista do Estádio do Dragão, onde foi questionado se o pontapé de moinho foi o golo mais bonito que marcou pela seleção.
“Já marquei alguns golos bonitos na seleção, é difícil dizer se este é o melhor. Tenho de rever, perceber o grau de dificuldade, mas estou muito feliz. No penálti, e como tinha falhado no penúltimo jogo com o Al Nassr, estava um bocadinho ansioso, mas correu bem”, contou.
Cristiano Ronaldo já conta 910 golos na carreira e o próximo número redondo não é uma preocupação, mas: “Isso dos 1000 golos não me importa para nada, o que interessa é aproveitar o momento”, começou por dizer, antes de acrescentar: “É normal querer chegar aos 1000 golos, mas não penso nisso. Vou fazer 40 anos, é ir com calma. Onde mais gosto de jogar é na seleção de Portugal”.
O futuro, esse, ainda não está definido, mas CR7 garante que sabe bem o que vai determinar o momento em que decidir pendurar as chuteiras: “Retirar-me do futebol é algo que vai acontecer, daqui a um, dois anos, não sei. Enquanto sentir que estou a desfrutar vou continuar a jogar, quando não me sentir contente de ir para um treino ou para um jogo paro”.
Lembrando que está na seleção para ajudar “com golos e experiência”, defendeu que Portugal está a melhorar em relação ao último Europeu, quando foi eliminado pela França no desempate por penáltis – “as pessoas estão mal habituados” -, terminando a conversa com os jornalistas a responder sobre Ruben Amorim ser o novo treinador do Manchester United.
“Desejo-lhe a melhor sorte do Mundo, porque o Manchester bem precisa”, finalizou.