
Cristiano Ronaldo falou sobre o que a riqueza material trouxe à sua vida
Foto: Fayez Nureldine/AFP
Em entrevista a Piers Morgan, Cristiano Ronaldo falou sobre a situação do Manchester United, da fortuna, da compra mais cara que já efetuou e da forma como convive com a crítica.
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Cristiano Ronaldo concedeu uma entrevista ao jornalista britânico Piers Morgan na qual falou sobre alguns temas da vida. A dado momento, o internacional português falou sobre a situação atual do Manchester United, clube no qual deu nas vistas para o mundo do futebol e venceu a primeira Bola de Ouro, referindo estar triste "por um dos clubes mais importantes do mundo" e que tem "no coração".
"Tens de seguir com as pessoas inteligentes para criar uma base para o futuro como tiveram há anos atrás. Nicky Butts, Garys, Roy Keanes, Beckhams... Eles tornaram-se grande jogadores, mas eles tinham a juventude. O Manchester United atualmente não tem estrutura. Espero que mude no futuro, porque o potencial do clube é imenso. É um dos mais importantes do século", começou por dizer, antes de revelar que os resultados causam alguma dor.
Ruben Amorim: "Milagres só em Fátima"
"Eu joguei lá muito anos, ganhei a Champions League, a Bola de Ouro. Como disse, e repito, o Manchester está no meu coração, mas temos todos de ser honestos e dizer que não estão no bom caminho. Eles têm de mudar e não é só sobre o treinador e os jogadores", referiu.
O capitão da seleção português olhou, ainda, para o trabalho realizado por Ruben Amorim. "Está a fazer o seu melhor. O que vai fazer? Milagres? Milagres é impossível. Em Portugal dizemos que milagres só em Fátima. Mesmo os jogadores, são bons, mas alguns deles a mentalidade não é a do Manchester United", atirou.
"Não sou obcecado pelo dinheiro"
O internacional português falou ainda do facto de ser bilionário e comparou a conquista a um prémio bem especial no mundo do futebol.
"Eu sabia que isso ia acontecer. Estava preparado. Era uma questão de tempo. Honestamente fiquei muito feliz. É como ganhar uma Bola de Ouro. Era o meu objetivo. Todos têm os seus objetivos e um dos objetivos era atingir esse número. Não vou dizer que sou obcecado pelo dinheiro, porque pode ajudar, mas quando chegas a um certo nível, o dinheiro já não importa. Mas gostamos sempre de ter mais. Finanças são importantes, mas outras coisas também. À parte do futebol, era um objetivo. Estou muito orgulhoso", disse.
"Não sou uma pessoa normal, não posso estar num aeroporto"
Quando questionado sobre a coisa mais cara que já comprou, o goleador pensou um pouco, mas acabou por dar uma resposta bem direta. "O avião. Tenho avião desde os 30 anos, mas mudei há um ano para um melhor. Tenho um Global Express. O dinheiro dá-te oportunidade para ter coisas materiais. Mas estou num momento da minha vida em que não quero saber mais disso. Eu quero viver o próximo capítulo da minha vida sem custos. Eu compro porque necessito. Não sou uma pessoa normal, não posso estar num aeroporto. Compro por causa disso e também por conforto. Mas não olho mais para isso, agora quero desfrutar da vida", afirmou, antes de falar um pouco de si e da vida que leva.
"Compro carros para coleção"
"É difícil falar sobre ti. Mas eu não quero saber do que as pessoas dizem sobre mim, se sou arrogante. Não quero saber. Tenho 41 anos [faz a 5 de fevereiro], cinco filhos, os melhores amigos do mundo e uma equipa que me ajuda muito. A opinião pública já não me interessa. Vou treinar feliz e penso que sou uma pessoa normal. Compro carros mas é para coleção. Vejo como um investimento. Eu nunca conduzo. Para mim os carros não são mais uma paixão. Eu não conduzo muito na Arábia".

