Buffon, o mítico antigo guarda-redes da seleção italiana.
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É complicado, diríamos até quase impossível, encontrar uma família tão desportivamente eclética como a do italiano Buffon. O avô é Lorenzo, pentacampeão nacional (quatro pelo Milan, um pelo Inter) e internacional com presença categórica no Mundial-62, como capitão. O pai Adriano é halterofilista, a mãe Maria Stella especializa-se em lançamento do disco, o tio Dante Masocco joga basquetebol ao mais alto nível em Itália e as duas irmãs Veronica e Guendalina chegam à selecção de voleibol.
Gianluigi nasce em janeiro de 1978 e é daqueles nomes eternos graças à sua elegância. Primeiro como médio, depois como guarda-redes. É verdade, Buffon entra na formação do Parma como jogador de campo e só se deixa seduzir pela baliza durante o Mundial-90, em Itália. A sua referência é o camaronês N’Kono – Thomas é o seu primeiro nome e é-o também o do filho primogénito de Buffon. A estreia oficial é aos 17 anos e nove meses, vs. Milan de Weah, Simone e Baggio. Acaba 0-0 e Buffon é eleito o melhor em campo. É um reportório de defesas milagrosas. No final, Capello está de boca aberta. “Em condições normais, saíamos daqui com dois ou três-zero.” Os companheiros de equipa também o elogiam. Como Fernando Couto, titular nessa tarde mágica. “No primeiro treino de conjunto, ninguém conseguiu marcar ao Buffon. Hoje, limitou-se a repetir o feito.”
Dois anos depois, mais uma jogada do destino: Pagliuca lesiona-se a meio do jogo de qualificação para o Mundial-98 com a Rússia, em Moscovo, e o seleccionador Maldini estreia Buffon – eleito o melhor em campo, debaixo de um temporal de neve. Começa então a aventura em Mundiais (cinco) e Europeus (quatro), sempre a um nível estratosférico.