O Portimonense 1989-90 apresenta quatro reforços búlgaros entre Voynov, Bezinski, Kachmerov e Demirev. Todos eles se juntam a um compatriota já devidamente enraizado em Portimão.
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Chama-se Getov e é um batedor de livres diretos como nenhum outro. Confirma-o Stoitchkov. Esse mesmo, o Hristo: "Aprendi a bater faltas com ele no CSKA." A verdade é como o azeite. Ou será como os livres diretos? Getov acaba a época com 14 golos, o Portimonense com 30. Ou seja, quase quase quase metade. É obra. Mais obra ainda se verificarmos a 17.ª posição do Portimonense, segundo a contar de baixo, só à frente do Feirense.
Dos 14 golos de Getov, três são de chapéu (Nacional + Feirense + Belenenses, este ao compatriota Mihaylov), dois de penálti (Chaves + Feirense), outros dois sem deixar a bola cair (Penafiel + Marítimo) e um em jogada individual (Vitória SC, o último de todos). Sobram seis, os de livre direto. Seis, vejam bem. Nunca mais visto na 1.ª divisão. Isso mesmo, nunca mais um jogador acerta seis livres numa época.
Getov, o especialista. Desses seis, três na primeira volta e outros três na segunda, vs. Penafiel, Chaves, Braga, Nacional, Benfica (na baliza, Silvino) e Belenenses (o keeper é, mais uma vez, o compatriota Mihaylov). O feito é inútil, no sentido em que o Portimonense desce à 2.ª divisão. O que acontece em 1990-91, na primeira edição da 2.ª de Honra, é inacreditável: Getov só joga 21 vezes em 38 jornadas e festeja 13 vezes (marca à média de um golo por 128 minutos).
Na seleção búlgara, assina quatro golos. Adivinhe, dois de livre direto. Um vs. Suíça (na estreia), outro vs. Jugoslávia. No Mundial 86, também deixa a sua marca: um chapéu de aba curta à entrada da área vs. Coreia do Sul.