Guerreiros em gestão de esforço vencem na estreia na Taça de Portugal e viram o foco para a receção da Champions aos merengues. Rebordosenses dão luta, mas quebram com naturalidade.
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Numa noite com muita chuva em Rebordosa, o Braga cumpriu a obrigação, entrando na prova na qual na época passada foi finalista vencido, com triunfo por 2-0, no reduto de uma equipa do quarto escalão nacional que deu boa réplica e merecia a diferença mínima.
No regresso à competição após a pausa das seleções, a equipa de Artur Jorge teve um jogo tranquilo, bem distinto do que se passara nas recentes partidas com o Union Berlin e o Rio Ave. O técnico do Braga geriu o plantel, mantendo só José Fonte e Adrián Marin no onze, denotando já estar a pensar na receção de terça-feira ao poderoso Real Madrid, para a Liga dos Campeões, que vai ter lotação esgotada.
Neste jogo da Taça de Portugal, o Rebordosa também teve direito a uma espécie de encontro de Champions, com o público local a ocorrer em bom número e a procurar empurrar a equipa da casa a fazer uma gracinha. Mas, tirando o momento de festa pela visita ilustre, cedo se percebeu que o Braga, também com muito apoio dos adeptos, tinha todas as condições para se impor e apurar-se.
Rony Lopes, uma das apostas iniciais de Artur Jorge, desfez o nulo ao décimo minuto, num remate rasteiro e colocado, após assistência de Vítor Carvalho, dando a sensação de que o guarda-redes Pedro Soares podia ter feito mais.
A segunda parte trouxe maior emotividade. Diogo Fonseca, como lateral direito, teve direito a estreia absoluta no Braga após o reatamento, mas os momentos iniciais do segundo tempo ficaram marcados pela expulsão (duplo amarelo) de Hugo Alves, após pisar Abel Ruiz.
Se a tarefa já estava acessível para o Braga, melhor ficou pouco depois, com Álvaro Djaló, acabado de render Adrián Marín, a fazer o 2-0. João Moutinho aproveitou uma falha de Pipo e serviu o avançado hispano-guineense, que faturou.
Nos momentos finais cada equipa teve um remate aos ferros (Diogo Almeida e Pizzi) e ainda houve tempo para o regresso ao ativo de Ricardo Horta. Mas o 2-0 não se alterou.
Nota para o erro do árbitro (51m), ao não assinalar penálti de Marín sobre Pipo. Isto num jogo sem VAR...
Os treinadores
Arlindo Gomes
Rebordosa
“Merecíamos, pelo menos, um golo”
“Sabíamos que a diferença era grande, mas demonstrámos a nossa qualidade e ninguém teve câimbras no fim, apesar de termos jogado a segunda parte com menos um. Estou muito orgulhoso do que fizemos e merecíamos, pelo menos, um golo. Alguns jogadores trabalharam até às 15 horas e depois vieram jogar”.
Artur Jorge
Braga
“Domínio nunca esteve em causa”
“Abordagem séria da nossa parte e só podia ser assim. O objetivo foi alcançado, sem uma grande exibição, é verdade, mas o nosso domínio nunca esteve em causa. Demos tempo a alguns jogadores, estreámos o Fonseca e deu para o Djibril e o próprio Roger reaparecerem. Obrigado aos nossos adeptos pelo forte apoio”