Daniil Medvedev entra para a história ao tornar-se no 27.º tenista a liderar o ranking mundial e o primeiro fora do Big Four (Djokovic, Nadal, Roger Federer e Andy Murray) a fazê-lo desde 2004.
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Uns dizem que não bate as bolas de forma convencional. Outros tantos dizem que tem um feitio desprezível. Mas a realidade é que Daniil Medvedev, um pouco contra tudo e contra todos, tem construído o seu caminho no principal circuito de ténis mundial e, esta segunda-feira, atingiu o maior de todos os feitos. Semifinalista em Acapulco, onde perdeu com Rafael Nadal, que viria a sagrar-se campeão, o russo de 26 anos beneficiou da derrota de Novak Djokovic nos quartos de final do torneio do Dubai, destronando o sérvio, que passou 361 semanas no topo da hierarquia ATP, um recorde.
Assim, e contra o que poderia ser expectável quando a nova época arrancou, Medvedev chegou ao trono e alcançou uma marca incrível: é o primeiro jogador fora do denominado "Big Four" (Novak Djokovic, Rafael Nadal, Roger Federer e Andy Murray) a liderar o ranking desde o norte-americano Andy Roddick, a 1 de fevereiro de 2004, há uns distantes 18 anos, três semanas e seis dias. "Claro que estou feliz por ser número um. Era o meu objetivo desde novo e, sobretudo, nos últimos tempos", disse Medvedev citado pela ATP (Associação de Tenistas Profissionais).
Veja o top 10 atualizado:
1 - Daniil Medvedev (subiu uma posição)
2 - Novak Djokovic (desceu uma posição)
3 - Alexander Zverev
4 - Rafael Nadal (subiu uma posição)
5 - Stefanos Tsitsipas (desceu uma posição)
6 - Andrey Rublev (subiu uma posição)
7 - Matteo Berrettini (desceu uma posição)
8 - Casper Ruud
9 - Felix Auger Aliassime
10 - Hubert Hurkacz (subiu uma posição)
Vencedor do Open dos Estados Unidos do ano passado e finalista do último Open da Austrália, Medvedev é o tenista mais alto (tem 1,98 metros) a alcançar o número um e o sexto mais velho a atingir o topo do ténis masculino pela primeira vez. Além disso, com este feito, tornou-se no terceiro russo a dominar o "Olimpo" tenístico, depois de Yevgeny Kafelnikov e Marat Safin já o terem feito.
Barty domina e Swiatek sobe
Quanto às alterações no ranking feminino o grande destaque vai para a subida da polaca Iga Swiatek ao quarto posto, com a australiana Ashleigh Barty firme no número um, seguida agora da checa Barbora Krejcikova, que trocou de posições com a bielorrussa Aryna Sabalenka.