Davide Ancelotti, o filho do selecionador do Brasil que vai treinar o Botafogo

Não é assim tão descabido pensar que daqui a mais ou menos um ano o futebol brasileiro ande com o nome Ancelotti em ombros, distribuindo e dividindo louros e homenagens entre Carlo e Davide, hoje dois dos nomes mais propalados e empolgantes por lá. Pai e filho que, tantos anos depois, acabam de se separar na vida profissional, reservando para o Mundial 2026 o restabelecer da parceria que tantos troféus conquistou nos últimos anos. Até lá, o mais velho continuará a juntar os cacos do “escrete”, na esperança de concluir essa empreitada a tempo de a seleção brasileira se apresentar nos Estados Unidos, Canadá e México com todos requisitos necessários para confirmar o estatuto de candidato ao “hexa”; já o mais novo, acaba de se emancipar, convencido de não ter dado um passo maior do que a perna ao aceitar suceder a Renato Paiva como treinador do Botafogo.

A continuidade do legado Ancelotti no futebol parece, assim, assegurada. Depois de várias abordagens e convites declinados, Davide lá se fez à vida e é difícil imaginá-lo impreparado para a função. Afinal, são quase 15 anos a trabalhar com um dos treinadores mais vitoriosos de sempre, com muitos dos melhores jogadores do Mundo e em alguns dos clubes mais poderosos. Paris Saint-Germain, Bayern Munique, Nápoles, Real Madrid... Já para não falar de uma vida a conviver com um pai que ainda passou por Parma, AC Milan, Juventus e pela seleção italiana, como adjunto. Quando Davide nasceu, já Carlo se arrastava como jogador e preparava terreno para uma carreira fabulosa nos bancos, pelo que isto de ser treinador talvez esteja relacionado com alguma genética.

Desta forma, não aparenta haver grande risco na escolha do Botafogo, convicto desta aposta “com a vivência nos maiores clubes do mundo e a experiência direta na elite do futebol europeu” do novo timoneiro, apresentado como “um dos treinadores mais promissores da sua geração”, alguém “com papel fundamental no desenvolvimento da metodologia de treinos utilizada por Carlo Ancelotti”. Já a Confederação Brasileira de Futebol, “acredita que esta experiência contribuirá significativamente para o desenvolvimento profissional de Davide, permitindo uma imersão valiosa no quotidiano do futebol nacional”, esperando também tirar proveitos desta aposta do atual campeão brasileiro e sul-americano através da relação entre pai e filho. São os Ancelotti ao poder no Brasil.