A fúria e a violência marcaram, domingo, a inédita descida do histórico River Plate à segunda divisão do futebol argentino, originando a destruição, entre outros coisas, de uma carrinha de exteriores de uma televisão.
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Segundo as autoridades de Buenos Aires, citadas pelas agências noticiosas EFE e AFP, outros cinco carros foram incendiados por adeptos dos "milionários", que também destruíram um bar destinado a sócios, no Estádio Monumental, registando-se até agora, pelo menos, 43 feridos, cinco dos quais agentes policiais, e 30 detidos.
O River Plate nunca tinha descido em 110 anos de existência e viu-se hoje "condenado", após empate caseiro (1-1) diante do Belgrano, depois da derrota por 2-0 em Córdoba, nos "play-off" de permanência.
A partida terminou mesmo poucos segundos antes do previsto, porque "hinchas" do River Plate tentaram invadir o recinto e começaram a atirar objetos para o campo, respondendo a polícia com canhões de água para as bancadas.
Outras centenas de fãs dos "milionários" semearam a violência, com recurso a pedras e paus e outros objectos que foram encontrando pelo caminho, e protagonizaram um rasto de destruição no acessos entre o estádio e o exterior, mesmo sob a repressão dos agentes da autoridade, que recorreram também a gás lacrimogénio.
Os principais visados foram os jogadores do clube da casa, cuja segurança foi reforçada logo aquando do fim abrupto da partida.
Um contingente inédito de 2300 polícias foi empregue na operação de segurança do jogo, mas o topo da hierarquia policial já pediu mais reforços ao Ministério da Administração Interna.
Por seu lado, e por razões de segurança, os 2500 adeptos do conjunto visitante permaneceram nas bancadas do Estádio Monumental de Buenos Aires mais de duas horas depois de terminado o encontro.
De acordo com a polícia, a situação vai manter-se até ser controlada, no exterior do recinto, a grave situação provocada pelos enfurecidos e inconformados adeptos do River Plate, que precisava de vencer o jogo por dois golos.