
Samu marcou pelo terceiro jogo seguido
Foto: Miguel Pereira
Vitória portista só foi selada depois de o Estrela assustar o Dragão na segunda parte. Azuis e brancos continuam com os rivais à mesma distância na luta pelo título.
O F. C. Porto segue seguro, mas não formoso, no comando do campeonato. O jogo com o Estrela da Amadora voltou a mostrar a versão com pouco gás de uma equipa que, ainda assim, continua a ganhar. A 13.ª vitória em 14 jornadas só foi garantida, no entanto, depois de os visitantes deixarem o Dragão enregelado já bem dentro da segunda parte, quando Abraham Marcus restabeleceu o empate que Samu desfizera, de penálti, logo no início. O despertador portista tocou a tempo e o 1-1 não durou mais do que três minutos.
Puxando o filme atrás, o começo da partida não fazia adivinhar dificuldades para o líder da Liga. O domínio sobre um Estrela inofensivo foi total e, mesmo sem um volume atacante de impressionar, a equipa de Farioli acelerou até ficar em vantagem e justificou mais do que a grande penalidade convertida pelo esforçado Samu até ao intervalo.
A surpresa chegou no segundo tempo. Com um golo de avanço, não se percebeu a marcha-atrás no futebol dos azuis e brancos, com demasiada cerimónia no ataque, naquele modo gestão que se tornou habitual nas últimas semanas. O Estrela sentiu que podia discutir a partida e foi venenoso no primeiro remate à baliza de Diogo Costa, batido por um cabeceamento certeiro de Abraham Marcus, um avançado que passou sem sucesso pelo F. C. Porto e tenta agora dar andamento à carreira na Amadora.
O Dragão sentiu o perigo e percebeu-se o desassossego nas bancadas, mas quase não houve tempo para que se prolongasse. Sem tempo a perder, logo os portistas aumentaram o ritmo e, no canto que se seguiu a uma oportunidade desperdiçada por Samu, o 2-1 surgiu mesmo, obra de Francisco Moura, o mais expedito a aproveitar um lance confuso na área estrelista.
Farioli refrescou a equipa depois de recuperar a vantagem e o terceiro golo do F. C. Porto não demorou, após mais uma jogada atabalhoada. Samu reclamou a autoria, mas o toque que traiu o guarda-redes Renan Ribeiro terá mesmo sido de Lopes Cabral. Os portistas puderam então respirar, com a certeza de que manteriam o avanço sobre os rivais na luta pelo título. Com a Taça de Portugal já no horizonte (o duelo com o Famalicão é depois de amanhã), William Gomes e Gabri Veiga falharam a hipótese de goleada nos instantes finais do jogo, mas os três pontos estavam bem seguros.

