Clube Desportivo de Fiães cativa os mais novos a praticar voleibol com um projeto de evolução contínua.
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Se o primeiro impacto é tido como fundamental para persuadir alguém a algo, o Clube Desportivo de Fiães tem-se esforçado para convencer quem o procura a abraçar o voleibol como o seu desporto predileto. Quem ali chega, encorajado pelas apresentações que o clube faz nas escolas ou desafiado pelos amigos que já praticam a modalidade, inicia um trajeto em que "o mais importante é que se sinta bem", sublinha o treinador, André Leite, até porque "a formação tem de ser desenvolvida com calma para poder ser bem-sucedida", acrescenta o presidente, Mário Silva.
"Não deixar ninguém de parte só porque é novo ou ainda não sabe jogar" é uma preocupação que o corpo técnico do clube leva muito a sério, pois "só depois de os miúdos conhecerem a modalidade é possível, com calma, começar a enquadrá-los no desporto em si", defende o técnico. Esse trabalho é feito de forma metódica e envolve os pais dos atletas, que recebem "vídeos e fotografias dos treinos para que percebam o trabalho que vai sendo feito e a evolução que os miúdos vão tendo". Esse desenvolvimento é avaliado no final de cada período escolar, com a medição da altura, do peso e do nível em que os atletas estão em termos técnicos, entre outros.
Com 65 anos de existência, o Clube Desportivo de Fiães procura um novo rumo, que tem na aposta nos talentos por si formados a pedra basilar. Isso é válido para o setor feminino, que tem todos os escalões em atividade e conta com duas equipas seniores, mas sobretudo para o masculino, cuja equipa principal desapareceu há um par de anos. "O clube não a podia sustentar. Quem sabe se estes miúdos poderão vir a criar uma nova equipa. O objetivo é esse", admite Mário Silva, que acumula os cargos de presidente e coordenador das camadas jovens do emblema fianense.
Nos últimos dois anos, o clube até cresceu no número global de praticantes, atualmente são cerca de 140, mas a "dificuldade em encontrar atletas masculinos", recorrente na modalidade, levam-no a ter em atividade apenas as equipas de infantis e iniciados. Alargar a base de recrutamento é um desejo assumido por Mário Silva, que salienta que o clube providencia "nutricionista, médico e fisioterapeuta" aos atletas. "O principal objetivo é que sejam felizes cá. O resto virá por acréscimo", acredita o dirigente.