Novidades no "onze" titular escolhido por Fernando Santos para o embate contra a Turquia, do play-off de acesso ao Mundial2022, o guarda-redes Diogo Costa e o médio Otávio, companheiros no F. C. Porto, ficaram agradados com a confiança dada pelo selecionador nacional.
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"Claramente, foi muito especial para mim. Trabalho para isto e faço o que mais gosto todos os dias. Neste momento, não sei o que dizer. Apenas estou muito orgulhoso de mim e muito agradecido de me ter focado e trabalhado. Agora, interessa-nos jogar contra a Macedónia do Norte. É aí que está o nosso foco", salientou o guarda-redes, de 22 anos.
Só antes do aquecimento é que Diogo Costa soube que seria a opção para a baliza de Portugal. "Foi um momento muito especial e arrepiante para mim. Acima de tudo, dei o máximo como dou em todos os jogos e treinos. Sabia que, ao fazer isso, também estaria bem no jogo", contou.
Sobre o momento-chave do jogo - o penálti falhado pela Turquia - o guardião explicou: "Pensei que ele [Burak Yilmaz] fosse chutar para a minha esquerda. O corpo dele disse-me isso. Acreditei. Se calhar, falhou porque me viu a ir para aquele lado. O que ouvi do Cristiano Ronaldo? Para confiar no meu instinto e em mim. É um orgulho jogar com ele. Jogar com os melhores deixa-me muito orgulhoso e feliz".
Diogo Costa reconhece surpresa entre os jogadores das quinas por na final Portugal encontrar a Macedónia em vez dos campeões europeus. "Acho que não pensávamos que não jogaríamos com a Itália. Só que um jogo é um jogo e os jogadores têm de respeitar todas as seleções. É um jogo difícil como se fosse contra a Itália. Cabe-nos dar o máximo para ajudar este país", completou.
Para o médio Otávio, autor do primeiro golo luso, "o mais importante" é Portugal estar na final, independentemente do adversário que se segue. "Temos de estar concentrados no próximo jogo para conseguir a qualificação para o Mundial2022. Estivemos bem no jogo e ganhámos. Temos jogadores de grande qualidade, como provaram aqueles que entraram e jogaram. Com todos concentrados, vai dar certo", continuou.
O jogador explicou, ainda, o lance que originou o 1-0. "Foi uma jogada em contra-ataque. O Bernardo Silva acertou no poste, acreditei na segunda bola e fiz o golo. O meu futebol é sempre assim: acreditar e não desistir de cada lance. É isso que vou fazer em cada lance", realçou.
Tal como o companheiro de seleção e clube, o luso-brasileiro também ficou "surpreendido" com a titularidade. E justifica: "Não esperava, mas, se precisarem de mim, jogo em qualquer posição e quero ajudar Portugal. Se sinto o coração português? Sim. A partir do momento em que visto a camisola da seleção, é para dar tudo e a minha vida por ela. Se espero ser titular no próximo jogo? Não. Espero que Portugal ganhe".