Selecionador com experiência internacional, equipa multidisciplinar, investimento nas infraestruturas e aumento da exigência na origem dos bons resultados. Esse foi dos segredos para o nadador luso ganhar uma medalha de ouro nos mundiais de Doha.
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A medalha de ouro conquistada por Diogo Ribeiro nos mundiais de Doha, em 50 metros mariposa, é só a ponta do icebergue da natação portuguesa. Os resultados internacionais dos últimos anos são os primeiros frutos de um ciclo que se iniciou em setembro de 2021, com a chegada do treinador brasileiro Alberto Silva, selecionador de Portugal, que trouxe com ele uma equipa multidisciplinar, que tem elevado o nível da natação portuguesa. “Ele acabou por influenciar a metodologia utilizada. O trabalho é muito diferenciado ao nível dos pormenores técnicos e estendeu-se a outros nadadores”, começou por explicar, ao JN, José Machado, diretor desportivo da Federação Portuguesa de Natação (FPN).
A chegada de Alberto Silva veio reforçar as bases científicas e trouxe aos nadadores a experiência internacional que lhes vinha faltando numa fase final. Construiu-se uma equipa de atletas de Elite, para a qual Diogo Ribeiro, entre outros nadadores, foi convidado na sequência da primeira medalha de ouro obtida aos 18 anos em Fukuoka, no Japão. “Para se perceber melhor: temos um nadador em que é detetada uma falha técnica, cuja correção não é fácil. Mas se tivermos uma equipa multidisciplinar capaz de analisar o erro, o comportamento motor, trabalhar fora da água e puder contar com a ação de um preparador físico e, sobretudo, de um fisioterapeuta, corrigem-se essas e outras questões de noção corporal”, acrescentou.