Encarada como uma das principais favoritas a vencer a Volta a Portugal, a Efapel viu o corredor uruguaio Maurício Moreira a ser penalizado em 40 segundos, após abastecimento irregular durante a etapa da Torre. Rúben Pereira, diretor desportivo, desvaloriza a penalização e sublinha que não quer colocar na equipa a pressão para vencer a competição.
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Se no início da Volta a Portugal a luta pela geral individual tinha, devido às grandes mudanças nas equipas, duas estruturas apontadas como favoritas, a W52-F. C. Porto e a Efapel, a monstruosa vitória de Alejandro Marque no alto da Torre abriu espaço para uma terceira equipa na luta pela amarela.
O resultado obtido numa das etapas mais decisivas da Volta a Portugal posicionou o corredor espanhol do Atum General-Tavira no topo da classificação, depois de ter cruzado a meta com 1.03 minutos de vantagem face ao segundo a chegar, Maurício Moreira.
Depois de uma etapa sofrida, em que conseguiu responder aos ataques dos rivais e arrancar para não perder tempo, o ciclista da Efapel foi penalizado por abastecimento irregular e perdeu 40 segundos. A infração fê-lo descer cinco lugares na classificação: de segundo passou para sétimo, a 1.31 minutos do camisola amarela, o que fez Gustavo Veloso, colega de Alejandro Marque (Atum General-Tavira) ocupar a segunda posição da geral.
"Apanhou-me de surpresa, mas a equipa nada tem a ver com isso. Foi um ato irrefletido do atleta que o acabou por prejudicar, apanhou água de um espectador, mas penso que em nada interfere", considerou Rúben Pereira ao JN.
O diretor desportivo da Efapel sublinhou que o objetivo da equipa é "viver o dia a dia" e não lutar pela vitória final da Volta a Portugal. "Se se proporcionar no último dia tudo bem. Agora, não posso assumir que sou candidato à vitória e quero ganhar a Volta a Portugal, quando isso não é a realidade".
"A nossa Volta a Portugal está feita"
Rúben Pereira rejeitou colocar na equipa a pressão do ano passado, quando se bateu até ao último dia para levar Jóni Brandão, agora na rival W52-F. C. Porto, ao pódio final.
"A nossa Volta a Portugal está feita. Três dias de amarelo, duas vitórias, três homens nos 10 primeiros. Vimos de uma época em que ganhamos tudo aquilo que era importante, tirando a Volta ao Algarve, qual era a razão pela equipa Efapel não estar contente agora?".
Além de Maurício Moreira, a Efapel tem ainda António Carvalho e Frederico Figueiredo, os dois pesos pesados da estrutura, no top 10 da classificação geral.