Djokovic diz não ser amigo de Federer e Nadal: "Entre rivais não pode acontecer"
Em entrevista ao jornal italiano "Corriere della Sera", Novak Djokovic abordou a relação que mantém com Roger Federer e Rafael Nadal fora dos courts e recordou os tempos de pandemia, em que virou notícia pela sua recusa em vacinar-se contra a covid-19.
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Novak Djokovic, atual líder do ranking mundial, concedeu uma entrevista bastante reveladora ao jornal "Corriere della Sera", na qual abordou vários temas polémicos que têm marcado a sua carreira.
O tenista sérvio, de 35 anos, começou por falar sobre a relação, ou a ausência dela, que mantém com Roger Federer e Rafael Nadal, com quem formou o famoso "Big 3" durante os últimos anos.
"Nunca fomos amigos. Entre rivais isso não pode acontecer, mas também nunca fomos inimigos. Sempre respeitei Federer, foi um dos melhores tenistas de todos os tempos", referiu Djokovic sobre o suíço, entretanto retirado do circuito.
Já com Nadal, o sérvio ainda chegou a jantar ao lado do espanhol, mas mesmo com ele "a amizade é impossível". "Nadal faz parte da minha vida. Nos últimos 15 anos vi-o mais a ele do que à minha mãe", acrescentou.
Djokovic e Nadal partilham o topo da lista de tenistas com mais torneios do Grand Slam conquistados (22), mais dois do que aqueles que Roger Federer conseguiu durante a sua carreira.
Homem de convicções fortes, Novak Djokovic tornou-se no centro das atenções durante os anos da pandemia de covid-19 por ter decidido não vacinar-se contra o novo coronavírus.
"Defendo a liberdade de escolha, é um direito humano fundamental. Rotularam-me como sendo anti-vacinação, mas isso é completamente falso", explicou o sérvio, acrescentando que "95% do que foi escrito e dito nos últimos três anos" sobre si "é totalmente falso".
Djokovic recordou ainda a rábula em torno da sua deportação da Austrália, em 2022, por não estar vacinado contra a covid-19. O tenista foi colocado num centro de detenção durante alguns dias, uma experiência que o marcou.
"Era uma prisão. Estive lá menos de uma semana, mas encontrei jovens, refugiados de guerra, que estavam lá há muito tempo. Um jovem sírio estava lá há nove anos, mas entretanto mudou-se para os Estados Unidos da América. Gostava de o encontrar para convidá-lo a ver-me no US Open. Sinto-me ligado a ele".
Novak Djokovic apurou-se, esta terça-feira, para os quartos de final do Masters 1000 de Roma, em Itália, depois de afastar o britânico Cameron Norrie em dois sets (6-3 e 6-4).