Em entrevista ao jornal espanhol “Marca”, Novak Djokovic revelou que acredita que pode completar o “Golden Slam” em 2024, ou seja, vencer os quatro torneios do Grand Slam e garantir a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris.
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Poucos dias depois de ter vencido as ATP Finals, em Turim, Novak Djokovic já aponta baterias à Taça Davis, com a Sérvia a medir forças com a Grã-Bretanha nos quartos de final da fase final da prova, que decorre em Málaga.
Aos 36 anos, o número 1 mundial procura fechar com chave de ouro um ano de 2023 impressionante, em que conquistou o Open da Austrália, Roland Garros, o Open dos EUA e as ATP Finals, entre outros, tendo ainda chegado à final em Wimbledon, perdida para Carlos Alcaraz.
Questionado sobre se acredita ser possível completar o “Golden Slam” no próximo ano, Djokovic mostrou-se confiante em consegui-lo. “Seria realista pensar que poderia ganhar três dos quatro (torneios do) Grand Slam este ano? Não creio que as pessoas pensassem que isso fosse possível. Conheço-me muito bem e sei que, se me sentir bem física e mentalmente, sou capaz de fazê-lo. Não quero que isto pareça desrespeitoso para os meus rivais, mas sei quem sou e acredito em mim”, respondeu.
De recordar que, em 2021, o sérvio falhou o "Grand Slam" da época ao perder, nos Estados Unidos da América, a final do último dos quatro principais torneios do circuito mundial frente ao russo Daniil Medvedev. Pouco mais de um mês antes, tinha sido afastado nas meias-finais dos Jogos Olímpicos de Tóquio pelo alemão Alexander Zverev.
Detentor de vários recordes do ténis mundial, Novak Djokovic confessou que pretende “ganhar o maior número de torneios possível e ultrapassar (Jimmy) Connors” como o tenista com mais títulos conquistados na era Open (109).
Numa entrevista a um jornal espanhol não poderiam faltar as referências a Carlos Alcaraz e, claro, Rafael Nadal. Sobre “Carlitos”, o sérvio confessou que a derrota na final de Wimbledon serviu de motivação para um final de época a roçar a perfeição.
Quanto a Rafa, que deverá regressar ao circuito mundial no próximo ano depois de uma longa paragem devido a lesão, admitiu que seria especial reencontrá-lo em Roland Garros, torneio dominado pelo espanhol nas últimas duas décadas. “Mas acho que será bom (reencontrá-lo) em qualquer lugar, tanto para nós como para o mundo do ténis. Seria como uma espécie de última dança. Não sei quantas vezes mais teremos a oportunidade de nos enfrentarmos ou se chegaremos a fazê-lo. Espero que sim, porque é o que todos querem. E eu também”, confessou o número 1 mundial.
O sérvio revelou ainda que, para lá dos impressionantes registos individuais que marcarão o ténis durante muito tempo, “gostaria de deixar um legado para quem vier”. “Gostaria de ser lembrado como alguém que procurou ajudar outros jogadores, mostrando que muitos mais podem ganhar a vida com a raquete”, completou.