Um documentário divulgado pela televisão pública alemã ARD e pelo jornal britânico "Sunday Times" revela que não foi feita qualquer investigação à maioria dos controlos antidoping feitos pela Federação Internacional de Atletismo, entre 2001 e 2012.
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A Federação Internacional de Atletismo (IAAF) assegurou, este domingo, estar a par das "graves acusações contra a integridade e eficácia do seu programa antidopagem", salientando que as mesmas se sustentam em dados privados obtidos sem consentimento.
"A IAAF está consciente das graves acusações contra a integridade e eficácia do seu programa antidopagem (...) baseadas em dados médicos privados e confidenciais da IAAF, obtidos sem o seu consentimento", explica o organismo num curto comunicado, em que diz estar a preparar uma resposta mais detalhada.
A Agência Mundial Antidopagem (AMA) anunciou a intensificação da investigação sobre o alegado uso generalizado de substâncias proibidas no atletismo mundial, depois de ter ficado "muito alarmada" com as denúncias apresentadas num documentário da estação pública alemã ARD, segundo as quais só um terço dos controlos suspeitos foi investigado entre 2001 e 2012.
Ainda na curta nota, a IAAF diz que se "reserva o direito a tomar as medidas necessárias para preservar os seus direitos e os dos seus atletas".
O documentário transmitido pela ARD e pelo britânico "Sunday Times" baseia-se numa lista de 12 mil controlos antidoping, de um total de 5 mil atletas, realizados entre 2001 e 2012, arquivados nas bases de dados da IAAF.
De acordo com estas análises, não foi feita qualquer investigação à maioria dos casos suspeitos, entre os quais se encontram campeões olímpicos e mundiais.