F. C. Porto volta às vitórias, após um mês de pesadelo. Fábio Vieira e Samu abriram o caminho perante um Casa Pia que nunca se rendeu.
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Trinta dias depois, o F. C. Porto saboreou uma vitória. O regresso ao lar, doce lar do Dragão trouxe de volta os sorrisos à equipa do aniversariante Vítor Bruno (fazia 42 anos), que está, à condição, no segundo lugar da Liga, agora a três pontos do líder Sporting. Longe de fazerem uma exibição de encher o olho, os portistas impuseram-se ao Casa Pia, com dois golos no início da segunda parte, que fizeram suspirar de alívio as bancadas, naturalmente impacientes com o nulo ao intervalo.
De volta ao onze, Fábio Vieira foi o abre-latas do triunfo e dele foram também os primeiros sinais positivos do F. C. Porto, que não entrou bem. A pressão do momento fez-se sentir na meia hora inicial, período em que o Casa Pia teve poucos problemas e podia ter chegado ao golo, numa jogada em que Otávio impediu Livolant de fazer o 0-1.
Ainda que tímidos, os assobios que se ouviram no Dragão a meio da primeira parte terão acordado a equipa azul e branca. Nehuén teve o golo na cabeça e até ao intervalo houve mais perigo para o guarda-redes Patrick, excelente a travar um livre de Fábio Vieira, mas também Diogo Costa passou por apuros, em novo bom lance de ataque dos visitantes, outra vez com o extremo Livolant ineficaz na finalização.
Sem o autocarro que tinha apresentado em Alvalade, o Casa Pia jogou com os nervos dos dragões, mas os primeiros 10 minutos do segundo tempo trataram de lhe acabar com a estratégia. Um erro do central Kluivert numa saída de bola foi bem aproveitado pelos portistas, que desenharam um lance em que a bola passou pelos pés de Nico, Pepê e Samu antes de Fábio Vieira rematar com êxito.
Os gansos quiseram reagir, adiantaram-se no terreno, mas pagaram de imediato a fatura. Num canto a favor, a equipa desequilibrou-se, abrindo caminho a um contra-ataque perfeito do F. C. Porto, com entendimento entre Pepê e Samu para o espanhol faturar. Com muito tempo para jogar, percebeu-se que a noite ia afastar a crise do Dragão, nem que seja só até ao próximo jogo.
Até final, Otávio rematou ao poste, Galeno desperdiçou o 3-0 de forma incrível, Samu quase bisou e o Casa Pia esteve perto do golo, num cabeceamento à trave de Tchamba e num livre bem travado por Diogo Costa.