O presidente da Fiorentina, o italo-americano Rocco Comisso, explicou a razão pela qual o clube não quis avançar com a contratação do médio internacional português Sérgio Oliveira, do F. C. Porto. Insurgiu-se contra o empresário Jorge Mendes que estava a mediar o negócio.
Corpo do artigo
No "podcast" oficial do clube transalpino, o dono da Fiorentina justificou o negócio falhado do médio portista e comparou os valores envolvidos com os da contratação aos alemães do Estugarda do avançado argentino Nico González, de 23 anos.
"Falou-se de um tal Sérgio Oliveira, que vem do F. C. Porto. No caso de Nico González, se falarmos do custo da transferência e todos os outros custos incluindo comissões, estamos a falar de 29 milhões de euros. Depois, há o salário, cerca de dois milhões brutos por ano, um total de 11,7 em cinco anos. Falamos de 40 milhões no espaço de cinco anos para um jovem de 23 anos", começou por explicar os contornos da compra do passe do argentino.
Como comparação, Rocco Comisso revelou os pormenores do negócio que envolveria o internacional português: "No caso de Sérgio Oliveira, o que havia sido apresentado por [Jorge] Mendes, era um custo de transferência de 20 milhões, mais outros relativos a comissões, totalizando um mínimo de 22 milhões. Mas o salário era quase o dobro para um jogador de 29 anos, 22,5 milhões de euros em cinco anos. Ou seja, o custo do Nico González era de 40,7 milhões de euros, enquanto o do Sérgio Oliveira era de 44,5 milhões. Além disso, daqui a cinco anos o Nico vai ter 28 anos, o Sérgio 34. Não conseguiríamos ter qualquer retorno".
1410644570933764096
A tranferência do F. C. Porto para a Fiorentina estava a ser mediada pelo empresário de jogadores Jorge Mendes, que não escapou às críticas do dono do emblema de Florença.
"Há muitos conflitos de interesses no futebol. Vou dar o exemplo, relativo ao caso de Sérgio Oliveira: o agente dele [Jorge Mendes] representou o F. C. Porto, o jogador e o treinador Gattuso. Isso não é aceitável, não me parece aceitável que eu tenha de negociar numa situação destas. Mesmo que os custos fossem justos. Alguma coisa tem de ser feita", frisou.