Do tempo de compensação à divulgação das conversas do videoárbitro. O que muda na arbitragem esta época.
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Vai haver maior controlo do comportamento dos bancos?
Sim, será exibido um cartão amarelo imediato face a comportamento tido como incorreto, sendo que esta é uma das alterações mais relevantes no que diz respeito à arbitragem. Nesse sentido, deixa de existir o aviso a quem está no banco dos suplentes, com o árbitro a passar de imediato à amostragem de um cartão amarelo.
O tempo perdido nos jogos será mais bem compensado?
A ideia é precisamente essa, um pouco à semelhança do que aconteceu no Mundial 2022, no Catar. O comportamento dos jogadores em campo e as atitudes para com os árbitros ou os adversários continuam a merecer atenção. Mas a assistência a jogadores ou conflitos em campo passarão a ver acrescidos os minutos considerados necessários de compensação. Já as paragens para substituições passam a valer 45 segundos e os festejos após cada golo um minuto.
O cartão amarelo por mão na bola continua a ser mostrado?
Não. A principal alteração prende-se com o cartão amarelo mostrado nos lances de mão na bola, em casos de remate à baliza: se se tratar de um lance em que claramente não haverá golo, a admoestação até aqui prevista [cartão amarelo] deixa de ser exibida.
Os árbitros passam a ter mais apoio dos restantes membros das equipa de arbitragem?
Sim. Passa a ser autorizado que o árbitro assistente de reserva (AAR) auxilie o árbitro da mesma forma que os outros elementos da equipa de arbitragem no designado “terreno de jogo”. Este dado é importante.
Os guarda-redes têm de respeitar o adversário quando se preparam para a execução de uma grande penalidade?
Sim. A partir de agora, o guarda-redes não pode distrair de forma desleal o jogador que vai bater o penálti. Esta medida surge como consequência do comportamento do guarda-redes argentino Emiliano Martínez, que durante o Mundial distraiu várias vezes os adversários de forma teoricamente incorreta, o que lhe valeu várias críticas.
O Conselho de Arbitragem vai passar a divulgar todas as comunicações do VAR?
Não, só serão divulgadas algumas, aquelas em que o árbitro recorra à visualização das imagens. Em relação ao videoárbitro (VAR), o objetivo principal da divulgação das comunicações será sobretudo pedagógico, cessando a partilha quando alegadamente isso não estiver a ser cumprido. A ideia do Conselho de Arbitragem é que os adeptos possam perceber porque foram tomadas determinadas decisões pelos juízes nos lances em que houve a intervenção do VAR.