Rodrigo Mora volta a marcar um golo de sonho na vitória portista no dérbi da Invicta. Panteras deram tudo, mas o resultado quase consuma a despromoção do clube do Bessa.
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Foi num dérbi quente que o F. C. Porto garantiu virtualmente o terceiro lugar de um campeonato que quererá ver terminado o mais depressa possível. Apesar da boa réplica do Boavista, que entrou para o jogo com péssimas notícias vindas dos jogos do AVS e do Farense, os principais rivais na fuga à despromoção, os portistas ganharam com justiça e da noite do Bessa fica sobretudo a memória de mais um grande golo de Rodrigo Mora, que abriu o marcador aos 20 minutos num remate sensacional. No fim da semana em que fez 18 anos e renovou até 2030, o jovem atacante voltou a espalhar classe.
Sem Pepê no onze e com um meio-campo mais preparado para a batalha física que se adivinhava com a presença de Eustaquio junto a Alan Varela, o F. C. Porto entrou a dominar e o segundo golo, a meias entre Nehuén e Marcano, cinco minutos depois do primeiro, pareceu acabar com a partida, tal a superioridade azul e branca até então.
Já se sabe, no entanto, que esta equipa portista é perita a dar vida aos adversários e o penálti que Reisinho transformou num 1-2 é um daqueles lances caricatos que só acontecem aos dragões: Zé Pedro aliviou uma bola na área e levou-a ao braço de Nehuén, que estava a pedir uma falta anterior ao árbitro. O lance reavivou a esperança boavisteira e reabriu o jogo, que depois se tornou mais lutado do que bem disputado, no fundo aquilo em que a equipa da casa apostava para pontuar.
Quase sempre sob a batuta de Mora, o F. C. Porto foi desperdiçando, na segunda parte, uma série de oportunidades para dilatar a vantagem. Mesmo que nunca tenha virado a cara ao despique, Samu revelou, neste particular, uma desinspiração que se tornou mais regra do que exceção nos últimos meses.
A meio do segundo tempo, Anselmi viu no jogo algo impercetível ao comum dos mortais e tirou Rodrigo Mora do campo para apostar na velocidade de Pepê, numa substituição que só pode ser explicada por cansaço. O Boavista acreditou que podia chegar ao empate e a expulsão de Nehuén, na reta final, reforçou a crença num 2-2 que não chegou a estar perto de se consumar.