A atleta portuguesa Dulce Félix, que participou, esta segunda-feira, na maratona de Boston (EUA), disse à Lusa que permanece retida, por precaução, num hotel, depois de se registarem duas explosões que a desportista pensou serem sons de festejos.
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"Como era uma festa, não achámos que era grave", afirmou a atleta em declarações à agência Lusa por telefone.
Dulce Félix explicou que a organização da prova pediu aos atletas de elite que permanecessem no hotel, a cerca de duzentos metros do local da meta, onde se registaram hoje duas explosões cerca das 15 horas locais (20 em Lisboa).
"Achei que não era nada de grave, mas a organização mandou-nos sair do restaurante e ir para o piso três [do hotel] onde os atletas de elite estavam todos juntos. Queriam ver os atletas protegidos e era a maneira de estarem mais seguros", referiu.
Dulce Félix, que terminou a prova em nono lugar, referiu que estava no hotel quando ouviu uma explosão e que esta aconteceu cerca de uma hora e meia depois de ter cortado a meta.
De acordo com a atleta, os 15 primeiros classificados da prova deveriam receber um prémio cerca das 16.30 horas locais, mas o evento foi cancelado.
Dulce Félix tem regresso marcado para Portugal na terça-feira.
Segundo informações da polícia de Boston, pelo menos duas pessoas morreram e 23 ficaram feridas nas duas explosões registadas no final da maratona.
O presidente norte-americano, Barack Obama, foi entretanto informado e ordenou a "resposta necessária" ao incidente no popular acontecimento desportivo da cidade no Estado do Massachusetts.
As autoridades ainda não se pronunciaram sobre a origem das explosões, no que a cadeia de televisão CNN descreve como um incidente "aparentemente bombista".