Depois de dois anos sem nunca ter sido titular pelo Benfica, o extremo norueguês soma três titularidades seguidas, foi decisivo na conquista da Taça da Liga e abriu caminho ao apuramento das águias para os quartos de final da Taça de Portugal.
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Que Andreas Schjelderup seja o nome do momento no Benfica é algo que ninguém esperava. Depois de dois anos a pregar no deserto, sem oportunidades relevantes, com um empréstimo pelo meio e sem nunca ter sido titular, seja com Roger Schmidt ou com Bruno Lage, o extremo norueguês parecia condenado a mais um ano escondido na Luz, longe do holofotes e sem confirmar todo o potencial evidenciado no Nordsjaelland (Dinamarca).
A presente época começou com Schjelderup outra vez renegado para terceiro plano, a jogar um minuto aqui e outro ali. E no final de 2024 parecia inevitável outra cedência. Agora, cumpridos 15 dias de 2025, é a grande figura das águias e autor de golos decisivos.
Até 8 de janeiro de 2025, o melhor que havia conseguida foi jogar 45 minutos num jogo da Taça de Portugal, frente ao Pevidém. Não tinha nenhuma titularidade. Daí a surpresa quando aparece no onze que vai a jogo com o Braga, na meia-final da Taça da Liga: era a primeira titularidade de águia ao peito, mais de dois anos depois de ter sido contratado. Jogou 65 minutos e convenceu, mantendo o estatuto dias depois na final com o Sporting. E a resposta foi tão boa, estreando-se, inclusivamente, a marcar num dérbi, que toda a gente se espantou por ter sido substituído ao intervalo, algo que Bruno Lage justificou com a "necessidade de refrescar os corredores".
Certo é que Schjelderup, 20 anos, aproveitou as oportunidades e na primeira vez em que teve tempo de jogo considerável e continuidade competitiva, respondeu à craque.
Em Faro, nos oitavos de final da Taça de Portugal, foi ele (outra vez titular) a resgatar o Benfica quando tudo parecia favorável ao Farense. Com um golaço, quase a papel químico do marcado ao Sporting, empatou e lançou as águias para a reviravolta (1-3), consumada depois por Arthur Cabral e Bah
"Não sei se o Schjelderup renasceu ou não. O que sei é que o Andreas começou a jogar connosco, apesar de estar no Benfica há algum tempo. Sinto que o lançámos no momento certo e que temos uma alternativa muito válida", referiu Bruno Lage, após o jogo de terça-feira.
As águias voltam a jogar depois de amanhã, frente ao Famalicão, e surpreendente, agora, será não ver Schjelderup na equipa titular.
