Navegadoras estreiam-se, este domingo, na Nova Zelândia, em fases finais de um Mundial, frente aos Países Baixos. O encontro tem início agendado para as 8.30 horas em Portugal.
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Desde a Nova Zelândia, multiplicam-se os apelos para que o país madrugue este domingo e, mesmo que a meio mundo de distância, puxe por um grupo de navegadoras habituadas a desbravar caminhos outrora sequer imaginados.
“Estamos a inspirar as gerações futuras de futebolistas e a representar as gerações passadas. É um momento muito especial para o futebol português. Somos privilegiadas por fazer parte dele”, vincou a capitã Dolores Silva, que vê “o coração e a alma portuguesa” como elementos distintivos de uma equipa “muito motivada e feliz” por perceber, a cada momento, que “o sonho é bem real”.
No entanto, ele obrigará a esforços redobrados para que não se desvaneça num ápice, e o duelo de hoje com os Países Baixos será de enorme importância para o continuar a alimentar. Mesmo tratando-se das vice-campeãs mundiais, num grupo que conta ainda com os Estados Unidos da América, campeãs do Mundo em título e líderes do ranking FIFA, e o estreante Vietname, as neerlandesas surgem como um flanco a explorar numa “montanha muito difícil para escalar”, como a definiu o selecionador nacional, Francisco Neto.
O jogo entre as duas seleções no último Europeu, que Portugal perdeu pela margem mínima (3-2), também dá algum alento, mas o treinador português adverte para um adversário “diferente para melhor” do que aquele que defrontou há um ano, em Inglaterra. Para o contrariar, será necessária uma grande dose de autoconfiança. “Vamos apresentar-nos mais experientes. Queremos manter a nossa dinâmica, os nossos princípios e a nossa identidade. Queremos jogar à Portugal”, vincou o selecionador.