Sete mil portugueses vivem na capital alemã e hoje torcem pelo Braga.
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Dos 138 mil portugueses que vivem na Alemanha, sete mil encontram-se em Berlim, sendo que a média etária ronda os 44 anos. Mesmo não tendo a importância de cidades como Estugarda, Dusseldorf ou Hamburgo, tem sido crescente a influência lusa na capital da Alemanha.
O perfil típico de ocupação em áreas como a construção civil, restauração e atividades domésticas tem dado progressivamente lugar a compatriotas altamente qualificados, dispersos por diversos setores de serviços.
O aumento de portugueses na cidade tem merecido o acompanhamento dos que estão aqui há mais tempo. Fernando Gonçalves, 59 anos, natural de Melgaço e com casa em Braga, está há quatro anos na capital alemã. É conselheiro social da Embaixada de Portugal em Berlim e elogia a cidade. "É única! Tem uma grande oferta a todos os níveis", realça ao JN.
Hoje, vai ver o jogo com compatriotas amigos. "Quando joga uma equipa portuguesa, juntam-se pessoas de clubes diferentes e vamos à bola. O Union perdeu o último jogo, mas é o líder da Bundesliga. Acredito que vai ser difícil, mas espero uma vitória do Braga", alvitra.
Entre as várias entidades lideradas por cidadãos lusos, em Berlim existe a Associação Berlinda, uma ONG de utilidade pública e sem fins lucrativos, que divulga a cultura dos países de língua portuguesa e presta apoio social aos lusófonos.
A cidade, que se situa no Nordeste da Alemanha, é a capital de um dos países mais poderosos do Mundo. O Memorial do Holocausto e as ruínas do mais célebre muro à escala global refletem a importância da cidade no século XX, com destaque para o Portão de Brandemburgo, utilizado como divisão de fronteiras durante a Guerra Fria. Se o icónico muro caiu em 1989, a reunificação da Alemanha deu pujança económica e social à região. Grande parte dos 3,5 milhões de habitantes dedica-se ao setor dos serviços e trabalha em várias áreas de negócio.
Na Alemanha, o ordenado mínimo é de 12 euros/hora, o que dá cerca de 1800 euros/mês, mais do dobro em comparação com Portugal (705).