Com um treinador que esteve 10 anos afastado dos bancos, os bretões sonham com a primeira presença na Champions.
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O que fazia sentido seria que, por esta altura, a principal preocupação a rondar as hostes do Stade Brestois, também conhecido por Brest, passasse pelas contas e pelos pontos necessários para evitar a queda do principal escalão do futebol francês. Tem sido assim quase sempre e foi isso que aconteceu na época passada, com o espectro da despromoção a dissipar-se apenas nas derradeiras jornadas da Ligue 1. Só que, ultimamente, pouco, ou nada, tem feito muito sentido no clube bretão e, hoje em dia, o que começa a inquietá-lo é uma possível estreia na Liga dos Campeões que o obrigará a celebrar esse feito inédito e aparentemente impossível num estádio alheio, noutro que não o velhinho e mítico Francis-Le Blé.
No campeonato francês, só o inalcançável Paris Saint-Germain tem mais pontos do que os piratas. Só o campeão tem mais vitórias e menos derrotas e nenhuma equipa sofreu menos golos (20 em 26 jornadas). Justamente, o Stade Brestois é a equipa-sensação do futebol francês e está mais perto do que nunca de disputar uma competição europeia pela primeira vez na história: se o campeonato acabasse hoje, essa estreia dar-se-ia pela porta da Liga dos Campeões. Fundado em 1950, este emblema bretão tem passado mais tempo nos escalões secundários do que na elite, que atingiu pela primeira vez em 1979, pouco antes de declarar falência. Caiu para o futebol regional e levantou-se outra vez, com a ajuda de alguns futebolistas emblemáticos como David Ginola ou Franck Ribéry. Apenas conquistou um troféu (campeão da Ligue 2), nunca esteve mais de cinco anos seguidos na divisão principal, algo conseguido esta época, e a melhor classificação que alcançou foi um oitavo lugar, em 1987.