David Sualehe joga na Eslovénia e diz que o adversário de Portugal acredita que pode voltar a vencer a seleção nacional.
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É um reencontro entre Portugal e Eslovénia depois de a seleção nacional ter perdido, em março, por 2-0. David Sualehe é português, joga no Olimpija Ljubljana e diz que o adversário da equipa das quinas está com a motivação em alta. “Os eslovenos agora não estão tão receosos como em março, mas estão muito motivados. E como já ganharam a Portugal, podem fazê-lo outra vez”, diz ao JN.
Sualehe acredita que os eslovenos “já não têm nada a provar” e que “estavam mais ansiosos para o jogo de março, porque foi a primeira vez que o país defrontou uma grande seleção”, mesmo sendo um encontro amigável. Em relação à equipa da Eslovénia, o jogador deixa alguma cautela. “É uma equipa que vale pela organização defensiva, tem processos bem estruturados e sofre poucos golos [dois na fase de grupos]. Também não marca muito, mas cria dificuldades ao adversário”, explica, recordando o empate frente à Inglaterra na fase anterior. “Portugal mostrou dificuldades contra equipas que jogam num bloco baixo e a Eslovénia vai estudar isso e fazer-se valer da força coletiva”, acrescenta, garantindo que a seleção lusa “tem mais do que obrigação de passar”.
David Sualehe destaca o guarda-redes Oblak e o avançado Sesko como as grandes referências da Eslovénia. “O Oblak é uma figura bem conhecida dos portugueses e um dos melhores do Mundo. O Sesko é um jogador em ascensão mas com muita qualidade”, diz. O futebolista explica que os eslovenos vão encarar o jogo “como uma final” e que Portugal tem de ter o índice competitivo em alta, confessando preferir ver a seleção “com uma linha de quatro defesas, para dar mais liberdade aos jogadores”.
Na Eslovénia, encontrou um contexto futebolístico diferente. “É muito mais físico, ligam muito a transições e temos de treinar muita corrida. Fazemos também muito ginásio para ganhar mais força. Mas há jogadores de qualidade, apesar de não se falar muito”, conta. Em relação ao povo esloveno, David Sualehe diz que são boas pessoas, mas “são mais frias e fechadas”. “Faz parte da cultura dos Balcãs. É uma população muito aguerrida e fechada entre ela”, finaliza.