Tal como há um ano, Esmoriz entra na Liga de voleibol com uma série incrível de vitórias. Vencer um troféu é o objetivo.
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Há um "sentimento galvanizador" a alastrar pela Barrinha, motivado por uma equipa que se está a especializar em arranques demolidores no campeonato de voleibol. Depois de ter começado a época passada com oito vitórias seguidas, o Esmoriz já chegou à meia dúzia esta temporada, com a particularidade de ter derrotado o Benfica, tricampeão nacional.
"A cidade está em êxtase, acredita que esta poderá ser a época do Esmoriz", conta o presidente, António Costa, que vê num "projeto que vem de há três anos" e na "garra e ambição do grupo" motivos para defender que "vencer um troféu é um objetivo" da formação de Ovar para 2022/23.
Para já, a equipa vai arrasando no campeonato, que lidera isolada, com mais um ponto do que a também invicta Fonte do Bastardo, que defronta hoje, nos Açores, às 19 horas. "Vamos lá para tentar ganhar, mas sem pressão", diz o técnico Bruno Lima, um dos rostos do ressurgimento do Esmoriz no panorama nacional.
A trajetória ascendente da equipa fê-la chegar às meias-finais do campeonato, na época passada. "Penso que é legítimo pensar em, pelo menos, voltar a consegui-lo, mas será passo a passo", explica o treinador, com o central José Pedro Andrade a detalhar que o formato da primeira fase da Liga, disputada a uma volta, foi um incentivo para o bom arranque. "Fez-nos querer ficar, o mais rápido possível, entre os oito primeiros, para estarmos todos bem para a segunda fase", objetivo que está perto de ficar selado.
Para trás ficou uma pré-época "muito complicada", pelos resultados e pela lesão do influente Roberto Reis, o que obrigou a "soluções alternativas" num plantel exatamente igual ao da época passada. "Valemos por um todo e isso deixa-me muito orgulhoso", congratula-se Bruno Lima, que elogia o espírito "familiar" que se vive numa equipa em que "todos se dão bem e lutam para o mesmo". Ali, profissionalismo é, sobretudo, um estado de espírito, já que todos os jogadores têm uma ocupação para lá do voleibol, entre o trabalho e os estudos. "Juntarmo-nos ao fim do dia para treinar e ganhar a jogadores profissionais tem um sabor especial", confessa Gonçalo Sousa, um de vários atletas da equipa formados no clube, que ajudam a potenciar a "mística própria do Esmoriz", vinca Bruno Lima.