Treinador Rui Borges manteve o grupo do Sporting unido durante a reta final
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Apresentado no dia a seguir ao Natal, para suceder a João Pereira, Rui Borges passou com distinção no exame da conquista do título nacional. Quando se sentou no banco, pela primeira vez, os leões ocupavam o segundo lugar, mas mediante a vitória sobre o Benfica, no jogo de estreia no campeonato, voltaram ao posto mais alto da tabela, que seguraram até ao final da competição. A herança recebida em dezembro não foi fácil: em apenas quatro jornadas, sob o comando de João Pereira, o Sporting perdeu sete pontos, mas a chegada de Rui Borges a Alvalade estabilizou a nau. A equipa não voltou a perder, apesar de ter passado por um período conturbado – empates consecutivos com F. C. Porto, Arouca e AVS –, que permitiu a aproximação do Benfica.
Natural de Mirandela, o técnico, de 43 anos, foi muitas vezes criticado por escolhas conservadoras nos onzes, e até pelas substituições, o que levou alguns adeptos a apelidá-lo nas redes sociais de “treinador de equipa pequena”. Mas o seu estilo calmo, ponderado e firme foi decisivo para manter o grupo unido e focado. Não escondeu a gratidão por Frederico Varandas, que pagou os quatro milhões de euros da cláusula de rescisão ao V. Guimarães, e defendeu o presidente publicamente, mesmo quando as críticas subiram. Na reta final da Liga, o conjunto reagiu bem ao empate caseiro diante do Braga, que poderia ter sido fatal no capítulo psicológico, obtendo vitórias cruciais e um empate com sabor a triunfo com o Benfica, na Luz. Mérito do treinador. Gyokeres foi muito elogiado pelo técnico, que teve, igualmente, de sobreviver à onda de lesões que afetou o plantel em vários momentos.