Aursnes e Otamendi marcaram para os encarnados que pareciam que iam ter uma noite tranquila. Estoril pensou e acabou como um grande. Trubin travou penálti de Begraoui
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O Benfica venceu o Estoril (1-2), isolou-se, à condição, na liderança e colocou pressão sobre o Sporting que só entra em campo esta noite, em Alvalade. Um triunfo suado (2-1), tirado a ferros, depois de quase uma hora de duelo a controlar o jogo com e sem bola, apesar da audácia estorilista. Um erro de Otamendi influenciou uma última vida e os adeptos do Benfica celebraram o apito final como se de um golo se tratasse.
Bruno Lage poupou Di María, que ficou no banco de suplentes, aproveitou o regresso de Florentino, castigado na jornada anterior, e recuou Dahl, na única alteração em relação ao duelo anterior. Do lado estorilista, Jandro Orellana e Pedro Carvalho substituíram Pina e Holsgrove, castigados.
O Estoril entrou fiel ao ADN de equipa que gosta ter bola e mostra vocação ofensiva. Begraoui ameaçou Trubin, mas os encarnados cedo demonstraram que a ideia canarinha continha muitos riscos. Aursnes isolou-se duas vezes na cara de Robles e, na segunda, não perdoou, garantindo uma vantagem madrugadora. A adversidade não inibiu os canarinhos que se mantiveram firmes a jogar com muita gente no plano ofensivo e a defesa colada ao meio-campo.
As águias sentiram-se confortáveis no papel de expectativa e com muito campo aberto para atacar. Primeiro adotaram uma resposta com ações muito verticais e depois alternaram com um jogo mais pensado, mas que facilmente desmontava o puzzle contrário.
Kokçu esteve em posição de tiro e após uma fase de alguma discussão de princípios, sem perigo nas balizas, Otamendi ampliou o resultado. O argentino saltou mais alto e aproveitou falha de Robles, muito mal na fotografia.
Com uma vantagem confortável o Benfica tentou gerir a discussão a um ritmo baixo, por vezes demasiado. Otamendi borrou a pintura e foi salvo por Trubin que defendeu a penalidade de Begraoui. Mas a adversidade não impediu a onda canarinha que cresceu já com Guitane em campo a desequilibrar. Zanocello reduziu, já numa fase merecida, e os encarnados terminaram o jogo sob tensão e em sofrimento. Num final quente e com muitas queixas pelas decisões do juiz.
Mais
Aursnes abriu o caminho e Trubin influenciou um triunfo suado. João Carvalho e Guitane foram claras mais valias no Estoril.
Menos
Robles errou a rota para se opor ao salto de Otamendi. Trubin teve mérito, mas Begraoui denunciou o remate na grande penalidade.
Árbitro
Amarelou Pavlidis por aparente simulação. Com os ânimos exaltados errou alguns lances e foi contestado pelo dois clubes.