A ex-primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, assistiu ao jogo da seleção do seu país contra a Tunísia, esta terça-feira, com um vestido azul e com as cores do movimento LGBTQ, nas mangas - um símbolo proibido no país.
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O Catar tem proibido adeptos e jornalistas de utilizarem braçadeiras ou qualquer alusão ao tema "One Love" e a FIFA proibiu os jogadores de utilizarem roupas com o mesmo simbolismo.
Ainda assim, a ex primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, fintou as regras ao entrar no estádio com um vestido com as cores do arco-íris nas mangas. "Acho que é assim que pudemos criar mudanças. Não sabotando, não ficando em casa, não gritando com ninguém", afirmou em entrevista ao jornal "DR Sporten".
"É uma situação muito triste. A Federação lutou desde o primeiro dia para que algo fosse feito na FIFA. Fico feliz pelas sete federações que trabalharam juntas nisto, mas talvez seja a hora de jogar futebol, o que não significa que estejamos a desistir da luta pelos direitos LGBT. Vale a pena lembrar que apenas sete países acharam isto uma boa ideia. Estamos felizes por continuar a lutar", acrescentou a ex primeira-ministra.
Um dia antes de utilizar o vestido, a ex-governante partilhou no seu Instagram uma foto com a braçadeira "One Love".
Helle Thorning-Schmidt, que liderou o Governo entre 2011 e 2015, atualmente colabora com a Federação dinamarquesa para promover o futebol feminino.