Aquela que terá sido uma das melhores exibições da época do F. C. Porto não foi suficiente para a sua qualificação para os "oitavos" da Liga dos Campeões de futebol, pois resultou em empate sem golos frente ao Zenit, em casa.
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Como que a confirmar isso, ouviram-se aplausos com intensidade desde as bancadas no final do jogo, premiando o esforço inglório dos "azuis e brancos", que seguem agora para a defesa do título na Liga Europa, com o terceiro lugar garantido no Grupo C, mesmo depois da vitória do Shahktar sobre o APOEL de Nicósia, por 2-0.
Os jogadores portistas correram quilómetros, dispararam mais de uma dezena de vezes à baliza contrária, mas a "muralha" russa contava com Malafeev sempre que abria brechas.
Vítor Pereira começou por apostar no "onze" que ofereceu ao F. C. porto as duas últimas vitórias (em Donetsk e na recepção ao Sporting de Braga) e isso resultou num perfeito entendimento na equipa, tendo criado várias situações de perigo junto da baliza adversária.
Aliás, o internacional russo teve de se aplicar três vezes, no primeiro tempo, para evitar golos de Djalma, Hulk e James Rodriguez, entre os 6 e os 16 minutos.
Mas a intensidade do jogo ficou a dever-se, sobretudo, à perfeição das marcações, em zona alta do terreno, da defesa portista, bem coadjuvada pelos médios Fernando, Defour e Moutinho.
Não sendo um hábito nos últimos tempos, das bancadas não se regateavam aplausos à velocidade dos "dragões" nem assobios a Danny, sempre que o português do Zenit tocava na bola.
Mas o internacional luso praticamente não conseguiu jogar, mais pela excelente marcação de Maicon, que nem por isso deixou de apoiar o ataque sempre que era chamado a isso no corredor direito, cotando-se como um dos melhores em campo.
Apenas a partir dos 30 minutos os russos se foram aproximando da baliza de Helton, mas nunca obrigando o guardião portista a defesas de registo.
Foi, também, um período que revelou a intenção óbvia dos russos, que apenas precisavam de um ponto para garantir a qualificação, aproveitando então todos os momentos para "queimar" tempo.
Já sobre o final, o árbitro espanhol, Carlos Carballo, perdoou o segundo cartão amarelo a Fayzulin, que impediu Defour de partir para o contra-ataque, "placando-o" de forma clara e violenta.
No reatamento, Vítor Pereira arriscou a troca de um médio (Defour) por um ponta de lança (Kléber), mas Luciano Spalletti também mexeu, substituindo o médio Shirokov (marcador de dois dos três golos em São Petersburgo) por Zyryanov.
E foi o F. C. Porto que voltou a criar uma excelente oportunidade, logo aos 49 minutos, mas o cruzamento de Hulk fez a bola "passear" a um metro da linha de golo sem que nenhum companheiro a conseguisse desviar com sucesso.
No minuto a seguir, o colombiano James Rodriguez ganhou espaço na zona frontal, mas o remate saiu ao lado.
As investidas do F. C. porto sucediam-se e houve mesmo momentos de grande sufoco para os visitantes. Mas a pontaria dos "disparos" não foi a desejada por Djalma, Hulk, João Moutinho e até Álvaro Pereira.
A 20 minutos do fim, Varela rendeu Djalma, com Vítor Pereira a procurar mais frescura no ataque, o que conseguiu, mas o bem que os "dragões" jogavam não se traduziu em golos.
O cerco portista intensificou-se e, aos 79 minutos, James Rodriguez teve a melhor oportunidade do segundo tempo, mas rematou de forma defeituosa já no coração da área.
Vítor Pereira arriscou ainda mais, substituindo o central Otamendi pelo médio ofensivo Belluschi, mas o "coração" falava já mais alto e os nervos não foram amigos da eficácia.