F. C. Porto chega às dez vitórias consecutivas, num jogo em que o Rio Ave ameaçou o empate. Toni Martínez decidiu com um golo perto do intervalo.
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Mais espremido não podia ser. O F. C. Porto continua a ganhar, mas dá a ideia de estar a jogar nos limites físicos e foi mesmo quase por acaso que o Rio Ave não saiu com pontos do Dragão. Em Vila do Conde haverá um segredo qualquer para criar problemas aos portistas e, depois da vitória da primeira volta, a equipa de Luís Freire voltou a jogar muito bem, vendendo cara a derrota. Com uma série de baixas em jogadores habitualmente titulares, como Uribe, Otávio, Galeno e Evanilson, o F. C. Porto lá arranjou maneira de somar o décimo triunfo seguido e somou três pontos que o deixam, à condição, a dois do líder Benfica.
Não será exagero dizer que, antes de os dragões chegarem ao golo salvador, em cima do intervalo, o 0-0 seria a melhor notícia que Sérgio Conceição podia levar da primeira parte. Até esse lance, a única equipa a criar perigo foi o Rio Ave e Diogo Costa salvou os portistas da desvantagem com um par de defesas espantosas a remates de Samaris e Guga. No entanto, já se sabe que no futebol tudo pode mudar num ápice e aqueles instantes finais do primeiro tempo provaram-no: Wendell acertou finalmente uma ação com bola e fez um cruzamento que Toni Martínez transformou no 1-0 com um desvio precioso para a baliza de Jhonatan.
Os vila-condenses saíram a praguejar para as cabinas, sobretudo Samaris, frustradíssimo com o golo sofrido, mas depressa recuperaram o vigor e podiam ter empatado num lance em que o veloz Boateng quis colocar no ângulo e rematou para fora. A segunda parte foi mais dividida e o F. C. Porto conseguiu soltar-se um pouco no ataque, mas a frescura da equipa não dá para grandes cavalgadas. Conceição foi ao banco buscar o que podia e pôs muita juventude em campo, para um final muito intenso, com o jogo partido e ocasiões de golo de um lado e de outro. Namaso falhou o 2-0, aos 88 minutos, após jogada genial de Pepê, e os descontos trouxeram pânico à área azul e branca, com Boateng, sempre ele, a cheirar o empate.
Mais: Eustaquio correu que se fartou, tal como Guga, o cérebro do Rio Ave. Toni mostrou classe no golo. Diogo Costa brilhou na baliza dos dragões.
Menos: Taremi atravessa um período de menor fulgor e quase não se viu no ataque portista. A defesa vila-condense desconcentrou-se no lance do golo.
Árbitro: Dúvidas numa jogada com Taremi e Jhonatan. Pepe tocou com o braço na cara de Ronaldo na área portista, mas o lance parece involuntário.
Veja o resumo do jogo:
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