Portistas estiveram a ganhar ao Inter Miami, mas permitiram a reviravolta e estão perto da eliminação do Mundial de Clubes. Messi decidiu de livre direto.
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Que este F. C. Porto não sabe ganhar jogos, já se tinha percebido. O duelo com o Inter Miami foi só mais um exemplo da incrível pobreza da equipa azul e branca, incapaz de se impor a um adversário que tem Messi, é verdade, além de Suárez e Busquets a meio gás, mas que de resto é um conjunto vulgar, que em condições normais sairia naturalmente derrotado. Mas o F. C. Porto não vive há muito tempo nessas condições normais, tal a falta de qualidade que grassa na equipa e o desnorte que Martín Anselmi evidencia no banco.
Por incrível que possa parecer, o jogo de Atlanta até começou bem para os dragões, que ficaram em vantagem aos oito minutos, num penálti que o VAR descortinou e Samu converteu. A liberdade dada a Messi no início foi corrigida no resto da primeira parte e os portistas dominaram até ao intervalo, mas não revelaram o mínimo instinto assassino que lhes permitiria chegar ao 2-0. Oportunidades não faltaram, mas Samu, Mora e companhia não acertaram com a baliza, podendo também falar-se numa certa infelicidade, sobretudo no lance em que um disparo de Alan Varela levou a bola a bater no poste e nas costas do guarda-redes Ustari, sem entrar.
Na altura ainda não se sabia, mas o apito final do primeiro tempo trouxe também o fim das hipóteses de o F. C. Porto ganhar o jogo. A forma como a equipa de Anselmi entrou na segunda parte foi desastrosa e a reviravolta surgiu com toda a naturalidade, primeiro numa jogada em que Francisco Moura estendeu a passadeira no flanco permitindo um cruzamento para Segovia (ex-Casa Pia) fuzilar Cláudio Ramos, e depois num livre de Messi com Alan Varela deitado no relvado, talvez para ter uma melhor visão do remate bem colocado do astro argentino.
Faltava uma eternidade para jogar, mas não era difícil apostar que o F. C. Porto nunca chegaria sequer ao empate. Anselmi abandonou o sistema de três defesas e lançou para o relvado jogadores que só por acaso poderiam ajudar a mudar o que quer que fosse. O milagre não esteve nem perto de acontecer e os dragões tornaram-se no primeiro clube europeu a perder um jogo oficial com uma equipa da Concacaf. A eliminação do Mundial do Clubes está aí ao virar da esquina: só uma vitória sobre o Al Ahly e um triunfo do Inter Miami sobre o Palmeiras podem salvar os dragões.