O F. C. Porto volta à Liga Europa, prova que ganhou no ano passado, e logo para defrontar uma das equipas mais fortes da actualidade. Vítor Pereira considera, no entanto, que os dragões têm argumentos para eliminar o Manchester City, líder do campeonato inglês.
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Afastados da Champions na fase de grupos, o que para ambos constituiu um tremendo insucesso, F. C. Porto e City têm na Liga Europa uma porta aberta para salvar a época a nível internacional, embora a prioridade dos dois clubes seja a luta pelos títulos domésticos. Nesse particular, a equipa inglesa, primeira classificada da Premier League, com dois pontos de avanço sobre o vizinho Manchester United, está em melhor posição do que os portistas, em dificuldades perante os cinco pontos de atraso para o Benfica na liga portuguesa.
O jogo de hoje será o primeiro de uma eliminatória que pode perfeitamente ser definida como uma final antecipada, tendo em conta o valor das duas formações, cujos orçamentos somados chegam quase aos 500 milhões de euros.
"Toda a gente conhece o City e nem é preciso perder muito tempo a falar deles. É uma grande equipa, mas estou mais focado na qualidade do jogo do F. C. Porto. Se jogarmos ao nosso nível, temos argumentos mais do que suficientes para vencer ", afirmou Vítor Pereira, na antevisão de ontem à partida, ao longo da qual não se cansou de pedir o apoio dos adeptos: "Queremos a massa associativa do nosso lado. Espero um Dragão cheiinho, para nos ajudar a fazer um jogo de transcendência".
O treinador reconheceu que, sem Janko, indisponível para a Liga Europa por ter representado o Twente na primeira fase da competição, os dragões terão de apresentar uma dinâmica diferente, provavelmente com Hulk no eixo do ataque, mas manteve a confiança: "Vamos abordar o jogo de acordo com os nossos princípios. Acredito plenamente que somos um dos favoritos a conquistar a Liga Europa, mas teremos de provar a nossa qualidade dentro do campo".
"Jogadores não são chiclete"
Numa conferência de Imprensa em que lamentou a saída de Domingos Paciência do Sporting, Vítor Pereira reagiu de forma veemente às críticas que lhe têm sido feitas na sequência de algumas escolhas para o onze, nomeadamente relacionadas com a titularidade de Maicon, em detrimento de Danilo, no jogo com o Gil Vicente, ou com a presença de James no banco, diante da U. Leiria.
"Os jogadores não são chiclete. O Maicon correspondeu ao que pretendíamos. Depois, como tínhamos outro jogador para o lugar, a chiclete perde o sabor e tiramos o Maicon? Em relação ao James e ao Varela, o princípio é o mesmo. Dar lições de futebol é bonito para quem nunca liderou uma equipa. Quando temos um grupo e atletas para motivar, as coisas são diferentes", defendeu o treinador, que convocou Kléber para o jogo de hoje, depois de o avançado ter recuperado da lesão que o impediu de treinar nos últimos dias.