Chamam-lhe a época de transição. Depois de uma temporada em que se ganhou tudo, ou quase (faltou a Taça da Liga), não se adivinhava um ano fácil para os portistas. O passado assim o fazia temer. O mercado mexeu com os alicerces e a equipa tardou a estabilizar.
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No entanto, é de notar que o F. C. Porto iniciou o campeonato, frente ao Guimarães, e foi a Braga, na última jornada, com um onze sem novidades na defesa. Ou seja, no setor recuado, são os mesmos que alinharam em 2010/11. Portanto, não houve lugar a renovações. Os reforços Danilo, Alex Sandro e Mangala têm que esperar, embora, no caso do primeiro, só o infortúnio clínico (lesão no joelho esquerdo) tenha obstado à entrada no onze.
A principal novidade, Maicon, já estava dentro de portas. Sempre disponível para dar o litro, o brasileiro transformou-se num dos motores da equipa, até no aspeto mental. Numa ala direita acidentada, em que Fucile foi a deceção (saiu para o Santos em janeiro) e Sapunaru demorou a entrar nas opções, Maicon agarrou, com unhas e dentes, a oportunidade na lateral, num percurso que o conduziu, merecidamente, até ao eixo. Em casa, frente ao Olhanense, destronou Rolando. No AXA, repetiu a titularidade.
Relegado para suplente, Rolando volta a ser falado. Tal como no defeso, Itália aparece como o destino provável. Também Álvaro Pereira, castigado diante do Beira-Mar, torna a ser apontado como transferível. O uruguaio passa por uma fase menos boa, após a irritação patenteada no Minho. No meio deste ruído, sobram Helton e Otamendi. O imperturbável guarda-redes pode dar a cara por um muro de betão azul, que, afinal, até faz figura na Europa.
Com 17 tentos sofridos, e uma média de 1,5 golo por jogo, o F. C. Porto supera o desempenho dos outros guias das principais ligas, Real Madrid incluído!