<p>O F. C. Porto está muito perto de garantir a terceira final consecutiva da Taça de Portugal. Venceu o Rio Ave (3-1) na primeira mão da meia-final, e mostrou que as marcas da derrota frente ao Benfica estão ultrapassadas. Rúben Micael foi um dos melhores em campo.</p>
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Muitas vezes, as equipas são o reflexo do ambiente exterior. O F. C. Porto, ontem, explanou um futebol bem mais alegre e confiante do que no passado recente, porque os ingredientes foram outros. O fim do castigo imposto a Hulk, que assistiu ao jogo na bancada, ao lado de Vítor Baía, parece ter funcionado como uma boa injecção de confiança e moral, foi uma espécie de peso que saiu dos ombros do dragão. Tudo somado, uma vitória clara sobre o Rio Ave (3-1), sinal de que a derrota na final da Taça da Liga não deixou feridas abertas.
Não deixa de ser curioso que a lufada de ar fresco também está relacionada à subida de forma de Rúben Micael. Em Vila do Conde, numa noite particularmente ventosa, o craque madeirense regressou às melhores exibições, estreou-se a marcar de dragão ao peito e esteve nas jogadas que permitiram a Raul Meireles e a Guarín os outros festejos portistas. Foi uma das molas que pôs a equipa a sonhar com a final da Taça.
Face à diferença de golos, o Rio Ave terá a vida muito dificultada na segunda mão da meia-final, a disputar a 14 de Abril, no Dragão. Mas o conjunto de Carlos Brito bateu-se da melhor maneira, foi atrevido, soube aproveitar o contra-ataque e deu uma belíssima resposta quando estava em desvantagem, ao conseguir o empate por intermédio de Bruno Moraes, curiosamente, um avançado que pertence aos quadros do F. C. Porto. Mas os vila-condenses esbarraram com um adversário inspirado, que só não ampliou o marcador porque o guarda-redes Carlos foi uma das melhores unidades.
O triunfo dos azuis e brancos também surgiu dentro de um quadro de dificuldades acentuado, face à ausência de extremos de raiz na convocatória. O treinador soube improvisar com um esquema dinâmico e povoado de médios, em que Rúben Micael e Belluschi funcionavam como falsos alas, destacando-se também o excelente jogo de Meireles. Agora, o dragão só tem de saber agarrar este triunfo com as duas mãos.