O emblema famalicense pronunciou-se publicamente sobre o caso da criança que foi obrigada a tirar a camisola do Benfica devido a medidas de segurança.
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O Famalicão pronunciou-se, esta terça-feira, pela primeira vez sobre o caso da criança que foi obrigada a despir a camisola do Benfica no jogo da última jornada devido a medidas de segurança.
Em comunicado, o clube famalicense lamentou "profundamente a situação vivida pela criança, que não merecia a exposição", ressalvando que o clube é "totalmente alheio" à mesma. Neste sentido, o Famalicão visa também a Liga de Clubes e o secretário de Estado do Desporto, exigindo um "pedido de desculpa formal de quem gravemente ofendeu este clube quando tinha o dever de defendê-lo".
"O Estádio Municipal de Famalicão está setorizado com duas zonas destinadas ao público visitante, nas quais são permitidos adereços do clube visitante. Bem visível foi a mancha vermelha presente naquela bancada, onde não se encontravam, neste caso concreto, o pai e a criança. Nesse sentido, ao pai da criança foi transmitido pelos assistentes de recinto desportivo (ARD"s) e pela PSP a impossibilidade de aceder com adereços da equipa visitante a uma bancada que não a afeta ao público visitante. Quando informado das condições de acesso e permanência no estádio (nas quais se inclui a permissão de utilização de adereços visitantes exclusivamente no setor visitante) pelo assistente de recinto desportivo no primeiro ponto de controlo antes da entrada, o pai da criança optou por retirar a camisola alusiva ao clube visitante do corpo do filho, expondo-o em tronco nu, o qual podemos atestar através dos elementos da segurança privada e segurança pública presentes no local assim como pela gravação de videovigilância do evento, não procurando uma alternativa para o seu acesso àquela bancada no cumprimento dos dispositivos regulamentares e legais", lê-se na nota. Todos os factos ocorridos estão contemplados no regulamento de segurança e de utilização dos espaços de acesso público", acrescenta.
O comunicado defende que "no estrito cumprimento do citado regulamento, os elementos destas entidades (de segurança) tiveram um cumprimento exemplar das funções para as quais estavam contratadas", salientando que "o Relatório dos Delegados da Liga Portugal não relata qualquer incidente em matéria de segurança, tendo o Futebol Clube Famalicão sido, inclusivamente, felicitado pela equipa de Delegados da Liga presente no referido jogo por esse facto".
Por fim, o Famalicão acusa Pedro Proença e João Paulo Correia de tomarem "posições extemporâneas".
"Exigimos um pedido de desculpa formal por parte do Dr. Pedro Proença, representando a Liga Portugal, e do Dr. João Paulo Correia, representando o Governo, pelas posições assumidas. Aguardamos serenamente pelo pedido de desculpas formal de quem gravemente ofendeu este clube quando tinha o dever de defendê-lo", conclui.