Em franco crescimento em Portugal, a modalidade seduz novos talentos pelo convívio que proporciona.
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É um dos desportos que mais têm crescido em Portugal nos últimos anos, seduzindo praticantes de todas as idades, que competem tanto em contexto federativo como num âmbito informal, em diversos torneios, convívios e iniciativas do Norte ao Sul do país. Quem joga realça, sobretudo, a vertente social do padel, que, sendo disputado em duplas, propicia o convívio e momentos de lazer.
"É um desporto de futuro, que se está a desenvolver muito na Europa, que fomenta bons valores e que, não sendo muito difícil de praticar, permite, com empenho, uma rápida evolução", explicou ao JN Miguel Oliveira, um dos poucos jogadores profissionais de padel em Portugal.
Além da sua carreira competitiva, o atleta organiza uma série de iniciativas de promoção da modalidade, nomeadamente junto dos mais jovens, transmitindo conceitos mais aprofundados sobre este desporto e os seus valores morais.
"É uma modalidade que lida constantemente com sucessos, desaires e adversidades. São premissas que qualquer jovem vai encarar na sua vida, e se se habituar a elas através do desporto, valorizando a amizade e o convívio, certamente estará mais preparado para encarar o futuro", notou Miguel Oliveira.
Numa das últimas iniciativas que promoveu, e que decorreu na Póvoa de Varzim, fez-se acompanhar de um jogador argentino e de um outro espanhol, ambos com créditos firmados na modalidade, e que ajudaram a promovê-la junto dos mais novos.
"Não é todos os dias que estes miúdos têm oportunidade de jogar com os seus ídolos. É uma forma importante de cativá-los para o padel e incentivá-los a continuar", partilhou com o JN Leonardo Machado, um dos dirigentes do Beer Social Padel (BSP), um grupo informal de prática da modalidade no Norte do país, enraizado nas redes sociais, e que já tem mais de 600 elementos.
"É uma modalidade que não tem muitos anos em Portugal, mas que está a crescer rapidamente, e é importante que os mais jovens deem continuidade", disse o responsável, enaltecendo "o trabalho da Federação Portuguesa de Padel a promover a modalidade entre os mais jovens, com competições específicas para jogadores entre os 12 e os 18 anos".
No grupo BSP, Leonardo Machado lembra que o mais importante é o convívio durante os eventos e torneios organizados, lembrando que "não havendo árbitros nos jogos, cabe aos próprios jogadores terem um código de ética e fair-play, que é um bom exemplo para os jovens".
Apesar de acarretar alguns custos para ser praticado, nomeadamente pela utilização das instalações, Leonardo Machado não considera que o padel seja uma modalidade cara. E partilha alguns preços: "Uma partida tem um custo médio de cinco euros por jogador, e um pacote de aulas pode custar até 40 euros por mês. Embora perceba que não pode ser para todos os pais, creio que está dentro da média".