Miguel Laranjeiro, presidente da Federação de Andebol de Portugal (FAP), destacou esta quarta-feira a união das principais modalidades de pavilhão, que anunciaram, em conjunto, o fim das respetivas competições, devido à pandemia de Covid-19.
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"Este consenso surge com naturalidade e tem em si mesmo uma mensagem de união do desporto num momento em que a palavra união é tão importante no país e no mundo. Ter o desporto indoor a pensar e agir da mesma forma é a melhor homenagem que podemos prestar ao desporto nacional", afirmou Miguel Laranjeiro, em declarações reproduzidas no site oficial da FAP.
O responsável federativo admitiu que o hiato de competição estava a causar "desconforto e impaciência", salientando, contudo, que o organismo que lidera só poderia "tomar decisões fundamentadas em factos objetivos", até porque "entre a preparação e a competição" seriam necessários "dois meses para terminar a prova".
"Pela especificidade da nossa modalidade que não é comparável a nenhuma outra na componente do contacto físico, só agora ficou claro que não podemos usar o mês de maio para preparar a competição e o de junho para competir", referiu Laranjeiro.
Além de ter sido decretado que não serão atribuídos títulos de campeão esta época, foi também decidido que não haverá descidas de divisão. Contudo, as promoções serão uma realidade, sendo considerada "uma solução que acima de tudo garantisse um mínimo de integridade".
"Não seria justo despromover equipas que tinham esperanças em alcançar a manutenção, assim como seria injusto gorar as expectativas de quem jogou seis ou sete meses acreditando que conseguiria a ascensão à divisão superior", observou.
Miguel Laranjeiro elogiou ainda o "acompanhamento muito próximo" que o Governo tem feito às modalidades e sublinhou a importância do Estado na recuperação do desporto, face à crise mundial despoletada pelo coronavírus.
"Seria completamente errado que o país, na saída desta situação, deixasse para trás o Desporto. Espero que isso não aconteça, porque todos os intervenientes têm uma grande responsabilidade na forma como vamos sair desta realidade", vincou.