Da reunião do fim da tarde desta terça-feira, entre o Governo e as forças maiores do futebol português, terá saído a ideia de terminar imediatamente a LigaPro.
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Após a reunião e face ao rumor que corre que a Liga se vai disputar e a LigaPro não, Miguel Fernandes, administrador da SAD do Feirense, reagiu numa nota à imprensa, questionando a lógica da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
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"A Liga é só uma. Os dois escalões são profissionais. Querem acabar agora com a LigaPro para poupar dinheiro? Uma decisão destas fere a verdade desportiva e ainda mais se houver subidas na secretaria, pois entendemos que, se existirem condições para se jogar na Liga, também haverá para se jogar na LigaPro. A Federação ou a Liga poderão suportar o pagamento dos contratos televisivos até ao final da época aos clubes da LigaPro, mas não faria mais sentido ajudarem-nos a reunir condições para que se realizem as 10 jornadas que faltam? Isto, sim, seria meritocracia. Não nos parece razoável seguir exemplos como os de França porque Portugal deu uma resposta muito melhor no controlo da pandemia. A sociedade em geral, e o futebol em particular, têm de dar sinais de retoma para evitar uma catástrofe financeira dentro de muito pouco tempo. Estamos a falar da sobrevivência económica de muitos setores da nossa sociedade, clubes de futebol incluídos".
O Feirense, recorde-se, é o terceiro classificado do segundo escalão do futebol português, posição imediatamente a seguir às duas que dão acesso à Primeira Liga, e até regressou aos treinos individuais, esta terça-feira, tendo em vista o ataque aos lugares de promoção.
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Em representação do Governo na reunião estiveram os ministros da Saúde e da Educação, Marta Temido e Tiago Brandão Rodrigues, respetivamente, e os secretários de Estado da Saúde e da Juventude e Desporto, António Lacerda Sales e João Paulo Rebelo, respetivamente. O encontro de trabalho contou ainda com a presença da Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas.
O futebol fez-se representar pelo presidente da FPF, Fernando Gomes, e pelo Diretor-Geral do organismo, Tiago Craveiro. Da Liga Portugal esteve presente o líder Pedro Proença, bem como os presidentes de F. C. Porto, Benfica e Sporting, que são, respetivamente, Pinto da Costa, Luís Filipe Vieira e Frederico Varandas.