"Foi com enorme tristeza e indignação que tomei conhecimento do inaceitável ato de violência que atingiu o Benfica e os seus atletas", escreveu o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), já depois de, esta sexta-feira, segundo apurou o JN, ter enviado mensagens de apoio diretamente a Luís Filipe Vieira e Bruno Lage.
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"A FPF confia que as autoridades policiais encontrarão, no mais curto espaço de tempo possível, os responsáveis pelo ato bárbaro e cobarde de ontem - o apedrejamento do autocarro do Benfica em andamento - e exige que os autores deste crime não passem impunes", pode ler-se no comunicado redigido por Fernando Gomes e partilhado no site oficial da FPF.
O presidente federativo prosseguiu firme no seu discurso contra os criminosos que atacaram o autocarro do Benfica, depois do empate na Luz, contra o Tondela, em jogo da 25.ª jornada da Liga.
"Atacar, pela calada da noite, com a mão escondida, atletas, equipa técnica, staff e dirigentes de um clube exige uma resposta à altura de todos os que amam o futebol e que se sentem revoltados por este tipo de comportamentos".
Recorde-se que na sequência desse ataque, Weigl e Zivkovic tiveram mesmo que receber cuidados hospitalares, sendo que este último apresentou-se, esta manhã, com o olho esquerdo protegido.
"O futebol, ao longo de semanas, uniu-se e sacrificou-se para conseguir garantir a retoma de uma parte essencial da sua atividade. Exemplares na forma como seguiram todas as indicações das autoridades sanitárias e governamentais, os clubes nacionais voltaram a proporcionar uma enorme alegria aos seus adeptos que ansiavam, porque o futebol também é importante nas suas vidas, o regresso a uma competição que é, em si mesma, crucial para a recuperação desportiva, financeira e económica e social de todos os agentes do futebol", prosseguiu Fernando Gomes.
Note-se que este ataque teve repercussão um pouco por todo o Mundo, sendo que o Borussia Dortmund, de onde Weigl se transferiu para o Benfica, até desejou as melhoras ao médio através das redes sociais, expondo o sucedido.
"Os atos ocorridos ontem, sejamos claros, mancham, de novo a imagem do futebol. Mas, no essencial, responsabilizam aqueles que arremessaram as pedras, motivados pelo ódio. Essas pessoas não são do futebol, não gostam do futebol e têm de ser expulsas do futebol", determinou Fernando Gomes.
Além dessa ocorrência quando a equipa chegava ao Seixal, várias casas de jogadores do Benfica foram igualmente vandalizadas, nomeadamente a de Pizzi.
"Como já afirmei em outros momentos infelizes, o futebol precisa da ação implacável do Estado nestas ocasiões. O futebol precisa da vossa ajuda para se poder regenerar e cumprir de forma plena as suas vitais funções desportivas, sociais e económicas. Dirijo uma última palavra de solidariedade aos técnicos e particularmente aos atletas duramente atingidos pelos incidentes de ontem. Envio-vos, em nome da FPF e de todo o futebol português, os meus votos de que rapidamente possam recuperar das agressões que foram alvo para que voltem a fazer aquilo que mais gostam de fazer e que tanto significa para nós - jogar futebol", concluiu o presidente da FPF.