Fernando Gomes: "Mundial 2030 vai marcar uma mudança de paradigma no futuro da competição"

Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), esteve este sábado em Rabat, em Marrocos, onde foi oficializada a intenção portuguesa de se juntar à Espanha e a Marrocos para organizar o Mundial 2030, numa cerimónia que contou com os homólogos Fouzi Lekjaa e Pedro Rocha. Esta assinatura da carta de intenções foi o primeiro passo oficial para que os três países possam receber a competição, depois da FIFA ter anunciado que esta candidatura tinha sido a vencedora. 

No discurso, o líder federativo português explicou que o Mundial 2030 "vai marcar uma mudança de paradigma no futuro da competição" e isso irá fazer a diferença.  "É esse o nosso desafio! 2030 vai ser mais futuro que passado! Vamos inovar, vamos organizar um evento global verdadeiramente sustentável, não como um cunho meramente reputacional ou de  comunicação, mas como propósito em si mesmo. Vamos deixar um legado pelas práticas que vamos implementar, pelas experiências que vamos proporcionar, mas também pelas infraestruturas e, naturalmente, pela modernidade dos estádios que vamos oferecer a todos os que nos visitarem", adiantou Fernando Gomes.

Além de Portugal, Espanha e Marrocos, o Mundial 2030 vai começar na América do Sul, onde o Uruguai, a Argentina e o Paraguai vão receber os primeiros jogos como forma de assinalar o centenário da competição que arrancou, precisamente, naquele continente. "A decisão tomada pela FIFA no início deste mês, é uma decisão que honra a nossa história, reconhece a nossa capacidade de organização, premeia a ousadia de uma candidatura intercontinental diversa e multicultural e, reconhece, finalmente, a paixão pelo futebol que é transversal aos três países que assumem esta candidatura. Hoje celebramos, com orgulho, a responsabilidade que nos foi conferida. Sabemos a complexidade que organizar um Mundial de futebol representa, mas já demonstramos que somos capazes", reforçou o presidente da FPF

Fernando Gomes confirmou que está a ser preparado um documento com a candidatura e no que diz respeito a Portugal, o projeto deve contemplar os estádios da Luz, Alvalade e do Dragão, embora o líder federativo não tenha dado qualquer pormenor. "O nosso desafio não começou hoje. Há mais de um ano que a comissão de candidatura, liderada pelo Engº António Laranjo, trabalha e prepara uma proposta que vai honrar o desafio proposto pela FIFA. Dentro de alguns meses iremos apresentar o dossier de candidatura. Será esse o documento base, o alicerce, de todo este projecto! Não se deve confundir alguém que anda depressa, com alguém que sabe para onde vai. Sabemos para onde vamos, e não devemos ter pressa em demostrá-lo. A confiança é a base das parcerias longas. Esta carta representa o nosso compromisso com a FIFA, a nossa vontade de organizar o Mundial, mas representa igualmente o compromisso que cada um de nós assume em trabalhar em conjunto de forma a cumprir aquilo que todos desejamos: proporcionar em 2030 um Mundial que perdure na memória de todos como algo único e inspirador!"