O canoísta Fernando Pimenta qualificou-se diretamente para as finais de K1 1.000 e 500 metros dos Europeus da Hungria, impondo-se nas eliminatórias com dois triunfos inquestionáveis em Szeged. Na prova adaptada de VL2, Norberto Mourão também se apurou para a final.
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O canoísta Fernando Pimenta disse esperar "dar bom espetáculo e retirar bons indicadores" das finais de K1 1.000 e 500 metros dos Europeus da Hungria, a última grande competição internacional antes de Paris2024.
"O nível competitivo está muito alto e tenho é de me focar nas minhas ações, no que controlo, o meu caiaque e pagaiada, dar bom espetáculo e tirar bons indicadores", considerou, em declarações à Lusa.
Na final dos 1.000 metros, o campeão do mundo e medalha de bronze em Tóquio2020 vai reencontrar o campeão olímpico Balint Kopasz, enquanto, na dos 500 metros, vai competir contra Adam Varga, igualmente húngaro, e que conquistou a prata no Japão.
"Vão ser finais bastante renhidas e competitivas, algo que a canoagem tem vindo a demonstrar ao longo dos últimos anos, principalmente em K1 1.000, com bastantes atletas com muita qualidade. O meu primeiro grande foco é descansar e recuperar para a final dos 500 metros, na sexta-feira", vincou.
Fernando Pimenta tinha uma vaga direta para a final em ambas as distâncias e garantiu-a ao impor-se, categoricamente, nas duas, evitando assim a necessidade de ir às meias-finais e ter de passar por mais uma desgastante fase competitiva.
Ao contrário dos também campeões do mundo João Ribeiro e Messias Baptista, em K2 500 metros, e de Teresa Portela, em K1 500 metros, que cumprem planos de preparação específicos e prescindiram de vir aos Europeus, o limiano entende que é nestas provas que ganha "ritmo competitivo e experiência".
Até ao momento, Fernando Pimenta contabiliza 142 medalhas internacionais em Europeus, Mundiais e Taças do Mundo, entre as regatas em linha e as maratonas.
Também hoje, o canoísta Norberto Mourão apurou-se para a final da prova adaptada de VL2. O medalha de bronze paralímpico em Tóquio2020 concluiu o seu desempenho em 55,572 segundos, apenas superado pelo espanhol Higinio Rivero, mais rápido 1,324 segundos.
"Correu dentro do possível. Claro que não me sinto a 100%, longe disso, pois estou a recuperar de uma gripe bastante forte. O corpo não está ainda a 100%. Deu para me manter na frente, mas fui passado pelo espanhol, muito forte. O objetivo era passar entre os três primeiros, fui segundo. Notei uma quebra muito grande (no fim), o corpo está a começar a responder. Tenho até domingo para recuperar", disse o atleta luso.
Mourão recordou que o seu principal momento de forma antes dos Jogos Paralímpicos foi há um mês, nos Mundiais, nos quais terminou em quarto lugar.
"Este Europeu é um ponto intermédio, ainda faltam dois meses e tal para Paris2024, onde quero que tudo corra de feição. Que seja como em Tóquio (bronze) ou, se possível, até melhor, pois é sempre essa a minha ambição", completou.
Nos Europeus de Szeged Portugal está representado também por Alex Santos na vertente ataptada, em KL1.