Na análise à vitória de Portugal contra o Catar (3-1), Fernando Santos não deixou de revelar preocupação pelos golos sofridos de bola parada, revelando que os jogadores já estão avisados quanto a esta debilidade que já valeu à Seleção Nacional nove golos dos adversários nos últimos cinco jogos.
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"Claro que me preocupa, ninguém não ficaria preocupado. Raramente sofríamos em bolas paradas defensivas, mas agora temos sofrido. Já alertei os jogadores para isso. É preciso marcar golos para ganhar, mas não podemos sofrer. Quando sofremos, as coisas complicam-se. Vamos ter que analisar", afirmou o selecionador.
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Quanto à análise ao jogo propriamente dita, Santos destacou a falta de eficácia na primeira parte e o "desligar do jogo" na segunda metade, quando parecia que o triunfo estava garantido.
""Há algumas coisas para melhorar. Entrámos bem na organização defensiva, quando o Catar tinha a posse, estivemos bem. Na primeira parte muito bem, criámos situações, roubando a bola ao adversário. Mas tivemos alguns problemas nos primeiros 15 minutos, com uma circulação muito lenta, que permitiu que o Catar estivesse organizado e que nós não criássemos. Circulámos devagar e mal. Nos primeiros 15 minutos, três oportunidades para cada lado, porque perdemos a bola, e o Catar, com jogadores muito rápidos, criou dificuldades, perdemos a bola por alguma ansiedade", considerou.
"Depois assentámos, circulámos bem, metemos o passe certo, com outra velocidade e dinâmica. Podíamos ter feito mais golos na primeira parte. Entrámos bem na segunda parte, nos primeiros dez minutos. Empurrámos o adversário, expusemo-los muito. Com um jogador a mais, depois desligámos um pouco. Criámos situações na mesma, sim, mas eles conseguiram marcar. O adversário meteu pontapé na frente, fizeram um golo num canto. Foi um bocadinho 'devagar', a segunda parte", afirmou o selecionador.
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Para esta partida, Portugal entrou num 4-4-2 e o treinador gostou do que viu: "Não é fácil jogar com este 4-4-2, a equipa esteve bem. Esteve bem a sair a jogar a três, os laterais a envolverem-se, dois do meio-campo a apoiarem os avançados, a equipa respondeu bem ao que eu esperava, mesmo sem tempo para treinar. Foi bom ver que a equipa esteve bem a esse nível. Era importante ver isso".
O técnico abordou ainda a estreia de Otávio, sem se alongar nos comentários individuais: "Esteve bem, todos foram influentes na equipa durante aquele período. Mas o Azerbaijão é uma equipa diferente, mais fechada e forte defensivamente. Compete-nos fazer o que fizemos nestes 35 minutos e vamos encontrar soluções para marcar", finalizou Fernando Santos.
Este embate particular surge entre a dupla jornada de apuramento para o Campeonato do Mundo de 2022, depois da vitória contra a República da Irlanda (2-1) e antes do confronto com o Azerbaijão (terça, às 17 horas).