
Fernando Saul, antigo Oficial de Ligação aos Adeptos
Foto: Carlos Carneiro
A Assembleia Geral Extraordinária do F. C. Porto começou este sábado, às 9.30 horas, com cerca de 530 pessoas.
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Foi apresentado um requerimento pelo sócio Martins Soares para adiar a Assembleia Geral (AG), com o argumento de que a decisão sobre as suspensões devia coincidir com a decisão das expulsões, que não vai ser tomada hoje dado que os sócios expulsos não podem estar presentes.
O requerimento já foi votado, totalizando 102 votos a favor e 319 contra, o que significa que a AG vai prosseguir. Os restantes sócios abstiveram-se.
Outro sócio apresentou um novo requerimento, que não está relacionado com a ordem de trabalhos, para alargar a auditoria forense publicada esta semana ao tempo em que Antero Henrique e Angelino Ferreira exerciam funções no clube e na SAD. Foi igualmente rejeitado, com 285 votos contra, 106 a favor e 64 abstenções, sendo que a Direção se absteve.
Seguiu-se a discussão da primeira suspensão de seis meses do sócio Manuel Barros, sendo que a decisão, que será votada pelos sócios, foi ser justificada pelo presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar, Angelino Ferreira.
Ocorreram várias intervenções de sócios sobre estes processos, com menções a outros assuntos, nomeadamente a auditoria, sendo que os sócios que pedem para falar são na maioria da oposição ao presidente dos "dragões", André Villas-Boas.
A discussão da segunda suspensão de seis meses, a Fernando Saul, antigo Oficial de Ligação aos Adeptos, começou com a argumentação do Conselho Fiscal e Disciplinar.
Já Saul defende que não esteve na famosa AG de 2023 como "Oficial de Ligação aos Adeptos", mas sim como associado. Realça que a acusação é baseada em "argumentos inverosímeis", que está de "consciência tranquila" e que não praticou nenhum crime. Acrescenta ainda que é alheio às acusações do Processo Pretoriano, que a suspensão de seis meses não faz sentido e demarca-se dos factos ocorridos na AG de 23 de novembro de 2023. Fernando Saul garante que irá provar a sua inocência em tribunal.
A sua filha, Rita, também o defendeu durante a assembleia, realçando que o pai dedicou a vida ao clube e apelando aos sócios que tenham em conta "tudo o que o pai fez" pelo F. C. Porto.
O processo de votação foi aberto quatro horas depois de a AG começar e fecha às 20 horas. A maioria dos sócios levantou-se dos lugares para ir votar e a assembleia continua com o periodo de discussão de outros assuntos.
"Deixa-os apontar"
Sandra Madureira, a mulher de "Macaco", publicou no Instagram, cerca das 12.30 horas, enquando decorria a AG, um texto onde critica os "dedos apontados". A sócia expulsa realça que "apontar é fácil".
"Deixa-os falar, deixa-os gritar. Deixa-os morrer afogados na própria lama. Eles apontam, tu andas", escreve na rede social.
Recorde-se que a AG de hoje já não vai deliberar sobre a expulsão de "Macaco", Sandra Madureira, Vítor Catão e Vìtor Aleixo. O tribunal não autorizou a ida dos sócios à reunião e o presidente da mesa optou por não discutir a sua expulsão para evitar eventuais nulidades.

