Filipe Albuquerque: “Vão ser as 24 Horas de Le Mans mais competitivas de sempre”
O piloto português Filipe Albuquerque está de volta, 10 anos depois, à categoria principal da mítica prova de resistência. Top 5 é o objetivo.
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O Circuito de La Sarthe recebe, a partir das 15 horas deste sábado, a mais mítica prova de resistência do Mundo. As 24 Horas de Le Mans 2025 marcam o regresso de Filipe Albuquerque à categoria principal, 10 anos depois, com o piloto de Coimbra a estrear-se nos Hypercar ao volante de um Cadillac com o qual espera lutar por um lugar no top 5 e que, sabe, pelo triunfo.
“É fantástico estar de volta. Tenho vindo à procura desta oportunidade desde que corri, pela última vez, na categoria principal, em 2015. Agora, voltei à Cadillac, a marca está com a força toda no desporto automóvel e vamos ter quatro carros na categoria principal, o que é incrível”, afirma, ao JN, Filipe Albuquerque, que celebrou o 40.º aniversário na passada sexta-feira.
“É uma boa prenda. Celebro sempre o meu aniversário em Le Mans e é fácil dizer, quando se está na categoria principal, ‘assim é que sabe bem’. Mas a verdade é que competir em Le Mans, por si só, é espetacular. Curiosamente, no ano da covid em que a corrida não foi em junho, celebrei em casa e foi no ano em que ganhei (em LMP2). Tirando esse caso, os últimos 12 aniversários foram passados cá”, recorda o piloto.
Fazer previsões para a edição deste ano é missão quase impossível. “Claro que gostava de ganhar, mas, antes de mais, queremos ser competitivos. É o terceiro ano com este novo regulamento e Le Mans tem crescido de forma incrível na classe principal: vamos ter 20 carros, todos com pilotos profissionais escolhidos a dedo, que estão lá todos pelo talento. Arrisco-me a dizer que vão ser as 24 Horas de Le Mans mais competitivas de sempre. Claro que quero ser rápido, gostava de lutar pelos cinco primeiros lugares e, entre esses, o triunfo vai sorrir a quem for mais competente e tiver menos azares”, destaca Albuquerque que, depois de um início complicado no Campeonato Norte-Americano de Resistência (IMSA), recuperou o sorriso com o segundo lugar em Detroit, a menos de um segundo dos vencedores.
“Soube muito bem, sem dúvida. Este início de campeonato pela Cadillac tem sido difícil, mas sempre disse aos diretores e presidentes da GM que só era preciso um bocadinho de paciência para darmos a volta”, lembra o piloto de Coimbra, antes de recuar até 2020, quando celebrou o triunfo nos LMP2.
“Foi um dos pontos altos da minha carreira, sem dúvida. Felizmente tenho andado sempre entre os melhores, seja em Le Mans ou Daytona e, agora, é dar tudo neste fim de semana incrível”.