Francisco J. Marques acusa SIC de "discurso de ódio contra o F. C. Porto" em novela
O diretor de comunicação do F. C. Porto, Francisco J. Marques, acusou a SIC de "propalar um inaceitável discurso de ódio" contra o clube portista. Em causa, está uma cena em que a personagem de uma telenovela se refere ao F. C. Porto como "porcaria". Ator afirmou que foi ameçado por adeptos do clube.
Corpo do artigo
Uma cena da novela televisiva da SIC "Papel Principal", em que a personagem interpretada pelo ator Renato Godinho se refere ao F. C. Porto como "porcaria", levou Francisco J. Marques a publicar, este sábado, nas redes sociais, uma mensagem em que critica a postura do canal televisivo perante o clube:
"Há uma radicalização de Lisboa contra o resto do país, vê-se muito isso nos comentários televisivos, mas a SIC agora eleva isso a um novo expoente, usando novelas para propalar um inaceitável discurso de ódio contra o FC Porto. Uma infâmia", apontou o diretor de comunicação do F. C. Porto.
"Fui para o Porto comer tripas, dobrada, conviver com as pessoas do norte, ver jogos do F. C. Porto, ou como se chama aquela porcaria", diz a personagem intepretada por Renato Godinho, na cena da novela que deu origem à reação de Francisco J. Marques.
Renato Godinho explicou, em publicação nas redes sociais, o contexto das afirmações da personagem que interpreta, e referiu que foi alvo de ameaças, por parte de adeptos do F. C. Porto, depois da transmissão da cena em que participa:
"O desprezo que a personagem que interpreto na telenovela 'Papel Principal', na Sic, manifestou pelo Futebol Clube do Porto nem sequer tem a ver com o clube em si, mas com o futebol em geral. Até podia ter. Eu podia interpretar uma personagem que detestasse um qualquer clube de futebol. Ou um imbecil que usa as redes socias para ameaçar um ator pelas coisas que a personagem dele diz. Também podia interpretar uma personagem dessas, mas não interpreto. Interpreto esta. Um ator cabotino que não gosta nem liga nada ao futebol e que portanto trata com desprezo tudo o que lhe diga respeito", explicou Renato Godinho.