Diretor de comunicação do F. C. Porto mostrou áudios no Porto Canal e questiona rendimentos do empresário de futebol, acusado pelo Ministério Público de três crimes de corrupção ativa e um crime de corrupção ativa em forma tentada.
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Francisco J. Marques revelou que recebeu ameaças de César Boaventura, empresário de futebol, e irá avançar com uma queixa em tribunal. As mensagens foram enviadas no dia 30 de janeiro, na sequência do programa Universo Porto da Bancada, no Porto Canal, e foram tornadas públicas na terça-feira à noite. “Vou-te apanhar e vou-te arrancar unha por unha, dedo por dedo. Não vales nada”, disse César Boaventura numa mensagem áudio para o diretor de comunicação do F. C. Porto.
“Ó grande filho da p… Estou em Lisboa, amanhã estou no Porto e vou ter contigo, não voltas a falar do meu nome. Sou mais homem do que pensas. Não tens vergonha, és um anão, não tens onde cair morto. Vamos fazer um debate os dois e ver quem é homem. Sou filho da p…”, ameaçou ainda o empresário César Boaventura, acusado pelo Ministério Público de três crimes de corrupção ativa e um crime de corrupção ativa em forma tentada.
"Vamos ficar a saber, não vejo outra hipótese, que vai ser condenado por tentar subornar jogadores em benefício do Benfica e ao mesmo tempo vamos ficar a saber que o Benfica não teve nada a ver com isto, como sempre. Convém recordar que o Ministério Público não conseguiu estabelecer a ligação que toda gente estabelece: do César Boaventura com o Benfica. Queria aqui mostrar uns elementos do próprio MP que dizem que o arguido entre 2016 e 2021 teve rendimentos de 54 892 euros, não chega a 11 mil por ano. Mas, nesses mesmos cinco anos, as suas contas bancárias tiveram um incremento, qual milagre da multiplicação, de 1,20 milhões de euros. Se por algum milagre não for condenando, os partidos que estão a esgrimir argumentos para as eleições que o contratem já para ministro das Finanças. Ou será que isto não era dinheiro dele e era para comprar jogadores a favor do Benfica? Quem lhe deu o dinheiro? Não me passa pela cabeça. Nem a ninguém", explicou Francisco J. Marques no Porto Canal.