Frederico Varandas, presidente do Sporting, elogiou, nesta segunda-feira à tarde, na receção da Câmara Municipal de Lisboa à comitiva dos leões, o plantel e o treinador do clube, deixando também palavras de simpatia para o Benfica. O próximo objetivo é garantir o terceiro título consecutivo.
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"A primeira palavra vai para os adeptos do Sporting: obrigado por terem lutado connosco lado a lado. Nos estádio, na estrada, nas ruas; não só lado a lado, mas muitas vezes a carregar a equipa às costas nos momentos mais difíceis. Obrigado pela dedicação, entrega e por terem acreditado até ao fim", começou por dizer. A seguir, dirigiu-se ao Benfica. "A segunda palavra vai para o nosso grande rival. Que luta que foi. Foi um digno vencido e valorizaram muito a nossa conquista. Não venceram, mas não deixaram de fazer um grande campeonato. Honra ao nosso grande rival".
O plantel dos leões foi valorizado e os antigos treinadores não foram esquecidos: "A terceira palavra, agora internamente, para o nosso Sporting. Os primeiros a quem me quero dirigir é a quem não está: Amorim, Hugo Viana e João Pereira também são campeões. Muito obrigado pelo que contribuíram para estarmos aqui. Mas o grande destaque tem de ser para os que aqui estão, os bicampeões. É verdade que não tivemos o maior investimentos, mas fomos o melhor ataque, defesa e que fez mais pontos. Tivemos o melhor marcador, o melhor jogador da Liga. Mas há muito mais para contar para além destes números."
O percurso, dificultado pelas lesões, esteve em destaque. "Os jogadores são heróis pelas inesperadas saídas que tivemos a meio da época. Pela onda inacreditável de lesões durante o ano. Chegámos a não ter um médio disponível. Tivemos ao longo do ano, lesões graves em jogadores-chave. Quando muitos começaram a tremer, este grupo nunca duvidou, nunca tremeu. Agarrámo-nos uns aos outros. Não tínhamos este, jogava aquele. Aquele não podia, jogava outro. Mas em cada jogo, lutámos com tudo o que tínhamos e lutámos até ao fim. Passámos por muito e merecíamos muito. Foi o título mais saboroso até hoje", sublinhou, eufórico.
O treinador, Rui Borges, resistiu à pressão. "Já o ouvi muitas vezes dizer que é de Mirandela, mas deixem-me dizer que é indiferente ser de Mirandela ou Cascais. O que me interessa é a sua capacidade de grupo e competência. também já o ouvi dizer que não estudou. Pois vou-lhe dizer: nunca estudou mas é licenciado e doutorado em caráter e valores de qualidades humanas. Pode dar muitas lições que nunca nada conquistaram mas se acham alguém apenas por falar numa televisão. Tenho de tirar o chapéu com a capacidade com que teve de se adaptar. Não só se adaptou, como venceu e é campeão nacional. Este treinador conseguiu ser campeão sem perder. Nunca teve o onze de gala disponível até hoje. Muito obrigada ao treinador".
No fim, Frederico Varandas puxou dos galões. "Desde que entrámos, conquistámos três campeonatos e os nossos rivais dois cada um, sendo que, nos últimos cinco anos, vencemos três. Desde 2018 somos o número um em Portugal. E isso ainda parece mais surreal se nos lembrarmos que não vencíamos há 17 anos e estávamos no pior momento da da nossa história. Respeitamos muito os nosso rivais, mas queremos muito, muito, mas mesmo muito, o tricampeonato."